Como diminuir o estresse e a ansiedade através do biofeedback cardíaco
Os processos psicofisiológicos associados ao estresse e à ansiedade estão relacionados à intensa ativação do sistema líbico (SL), ou seja, às fortes emoções, e à ativação do ramo simpático do sistema nervoso autônomo (SNA), com importante repercussão no funcionamento do corpo.
Os sinais físicos de estresse e da ansiedade podem ser observados: sudorese excessiva, dor ou frio no estômago, boca seca, extremidades frias, aumento da frequência cardíaca, respiração rápida e ofegante, tremores, hipertensão arterial, diarreia; já na mente, são observados sintomas como insegurança, insônia, angústia, desesperança, medos e pânico, dentre outros.
Os SL e SNA atuam, direta ou indiretamente, na hipófise causando a liberação de hormônios que acionam vários órgãos, glândulas e o músculo cardíaco.
O estresse agudo deixa a pessoa em imediato estado de atenção e alerta, aumentando o consumo de energia; isto se dá pela ativação instantânea do ramo simpático do SNA e da glândula suprarrenal, onde ocorre liberação dos hormônios adrenalina e noradrenalina. Isto coloca o indivíduo em situação de “fuga ou luta”.
O estresse crônico, mais lento e duradouro, ocorre pela ativação do eixo HHS (hipotálamo – hipófise – suprarrenal), que libera consideráveis quantidades de cortisol na corrente sanguínea.
Praticamente, a ansiedade é consequência da mesma fisiologia que o estresse, podendo evoluir por meio de estados mentais negativos, como lembranças e pensamentos, que podem ser reais ou imaginários, e podem também ser reforçados pelos sistemas de crenças individuais ou coletivas. O Distúrbio de Estresse Pós-traumático (DEPT), a Síndrome do Pânico e as fobias são alguns dos aspectos decorrentes de estados de elevada ansiedade.
Os prejuízos causados pelo estresse e pela ansiedade são bem conhecidos; eles vão desde a perda de produtividade e dos acidentes, até a elevação de custos de saúde e absenteísmo no trabalho.
Para recuperar o equilíbrio do sistema nervoso autônomo, pode-se realizar o treinamento de biofeedback cardiovascular, também conhecido como biofeedback cardíaco, deixando o sujeito com maior estabilidade emocional e fisiológica, e, consequentemente, mais resiliente. Durante o treinamento de biofeedback cardiovascular faz-se o acompanhamento dos batimentos cardíacos, que podem ser autorregulados por meio de exercícios de fácil entendimento e domínio.
O sujeito, ligado a sensores cardíacos não invasivos, pode monitorar em tempo real a sua frequência cardíaca e ajustar as atividades simpática e parassimpática. Desta forma, ele reequilibra o funcionamento do SNA e fortalece o funcionamento cardíaco, pela atividade mais compensada do sistema barorreflexo.
Quando a atividade do SNA é regulada de forma consistente e prolongada, observa-se aumento da estabilidade emocional e da resiliência, maior resistência ao estresse psicológico e redução da ansiedade. O biofeedback cardiovascular pode ser uma poderosa ferramenta complementar-integrativa no tratamento do estresse, da ansiedade e de outras disfunções decorrentes do desequilíbrio do SNA.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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