Estudo piloto usando o biofeedback VFC no tratamento de depressão perinatal
Este estudo piloto de Beckham A. J. e col. foi publicado no Archives of Women’s Mental Health 16(1) · Novembro 2012 DOI: 10.1007/s00737-012-0318-7 e o texto completo pode ser acessado.
Este estudo foi realizado numa Clínica Psiquiátrica Perinatal, em pacientes internadas.
Resumo
Os autores escrevem que o biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (VFC, ou HRV em inglês) pode ser útil no tratamento de características proeminentes da ansiedade em depressão perinatal. Os autores investigaram o uso desta técnica não farmacológica em mulheres hospitalizadas com grave depressão perinatal.
Foram administrados às pacientes três questionários, o State Trait Anxiety Inventory – STAI (Estado do Inventário dos Traços da Ansiedade), o
Warwick-Edinburgh Mental Well-Being Scale (Escala de Bem-estar Mental de Warwick-Edinburgh) e o Linear Analog Self Assessment (Auto avaliação analógica linear) a 15 mulheres numa Clínica Psiquiátrica Especializada para pacientes perinatais internadas.
As participantes foram também contatadas por telefone após a alta hospitalar para avaliar o uso contínuo da técnica de biofeedback VFC. Esse uso foi associado a uma melhora dos resultados das três escalas utilizadas e acima mencionadas.
As maiores melhoras (13,867, p < 0,001 e 11,533, p < 0,001) ocorreram nas pontuações da escala STAI. A maioria das mulheres que participou do estudo (81,9%, n = 9) e que foi contatada por telefone, também relatou uso contínuo e frequente, pelo menos uma vez por semana, e mais da metade delas (54,6%, n = 6) descreveu o uso da técnica com o biofeedback VFC como muito ou extremamente benéfica.
Este uso foi associado a melhora estatisticamente significativa em todas as escalas utilizadas, tendo a escala STAI mostrado as pontuações mais altas; a maioria das mulheres relatou uso frequente e contínuo da técnica de biofeedback VFC após a alta hospitalar.
Como escrevem os autores, esses resultados sugerem que o biofeedback VFC pode ser particularmente benéfico no tratamento das características proeminentes da depressão perinatal, tanto em pacientes internadas como nas que já receberam alta hospitalar.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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