O papel do biofeedcack na otimização do desempenho psicomotor em esportes
Agora que estamos nas vésperas dos jogos olímpicos, que serão realizados no Rio de Janeiro e que começarão em poucos dias, nós achamos que esta é uma boa oportunidade para mostrar evidência do uso do biofeedback HRV sobre o desempenho de atletas.
O presente estudo de Maman P. e col. publicado no Asian J Sports Med. 2012 Mar; 3(1): 29–40, também está disponível no site PMC US National Library of Medicine do National Institutes of Health, e o texto integral pode ser acessado aqui.
Objetivo
Escrevem os autores que o biofeedback é uma ferramenta emergente para adquirir e facilitar os domínios fisiológico e psicológico do corpo humano, como o tempo de resposta e de concentração. Portanto, o presente estudo tem por objetivo determinar a reconstituição das habilidades psicomotora e de desempenho de jogadores de basquete, através de treinamento pelo biofeedback.
Métodos
Os autores relatam que jogadores de basquete (n = 30) com diferentes níveis de habilidade (jogadores universitários, de equipes estaduais e nacionais), com idade entre 18 e 28 anos (do sexo masculino e feminino) foram divididos ao acaso em 3 grupos iguais: o grupo experimental, o grupo placebo e o grupo controle.
O grupo experimental recebeu treinamento pelo biofeedback HRV (também conhecido como biofeedback cardíaco) por 10 dias consecutivos durante 20 minutos de cada vez, treinamento este que incluiu respirar numa frequência de ressonância individual através de um ritmo de estimulação; o grupo placebo assistiu vídeos motivacionais, durante 10 minutos, por 10 dias consecutivos; o grupo controle não recebeu qualquer intervenção.
Na sessão 1, 10 e após 1 mês de seguimento, foram avaliados a HRV (variabilidade da frequência cardíaca), a frequência respiratória, o tempo de resposta (reação e tempo de movimento), concentração e desempenho dos arremessos à cesta.
Resultados
A medida feita duas vezes repetidas ANOVA foi usada para comparar simultaneamente as diferenças dentro do grupo e entre grupos. As diferenças do tempo de resposta, da concentração, da variabilidade da frequência cardíaca, da frequência respiratória e dos arremessos à cesta foram estatisticamente significativas em cada grupo, juntamente com a interação do grupo e o tempo (p < 0,001). Também, todas as medidas mostraram diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) entre os grupos.
Conclusão
Segundo os autores, os resultados do presente estudo sugerem que o treinamento pelo biofeedback HRV pode ajudar a treinar atletas estressados a adquirir controle sobre os seus processos psicofisiológicos, ajudando-os a obter um desempenho máximo.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós-graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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