Os benefícios do biofeedback cardíaco – parte 8
Redução dos riscos para a saúde em agentes penitenciários
Um estudo realizado em 88 agentes penitenciários do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, com alto nível de estresse, foi randomizado para grupos do experimento, e grupos de controle, que foram estratificados de acordo com o risco relativo para a saúde, idade e sexo. O grupo do experimento participou de um programa de redução de estresse e do risco para a saúde, realizado em dois dias consecutivos.
Este programa incluiu instruções sobre os fatores de risco para a saúde, e de treinamento em técnicas de autorregulação. O aprendizado dessas técnicas foi realçado pelo biofeedback cardíaco, também conhecido como biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca – VFC (HRV, em inglês).
As alterações fisiológicas no grupo do experimento incluíram reduções significativas do colesterol total, dos níveis sanguíneos do LDL colesterol, da relação colesterol total/HDL, da glicemia em jejum, da frequência cardíaca (FC) média e da pressão arterial (PA) média, tanto sistólica como diastólica.
As alterações psicológicas incluíram redução significativa do desconforto psicológico geral, da raiva, da fadiga, da hostilidade, da sensibilidade interpessoal, da impaciência e do comportamento global tipo A, e aumento da gratidão e da positividade.
Após o programa, também houve, no grupo do experimento, melhora de medidas organizacionais chave e relevantes, inclusive aumentos significativos de produtividade, de motivação, de clareza de metas e da percepção do apoio gerencial.
Finalmente, foi realizada uma análise detalhada para calcular a economia dos custos estimados com os cuidados da saúde da organização, que provavelmente resultaria da diminuição do efeito dos fatores de risco sobre os participantes. De acordo essa análise, a redução dos fatores de risco para a saúde atingida neste estudo foi projetada e levou a uma economia de 1.179 dólares por funcionário, por ano.
Nos próximos posts veremos um resumo de outros benefícios obtidos com o uso do biofeedback cardíaco em pessoas em diferentes situações.
Fonte: Heartmath.org
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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