Trabalho durante a gravidez e risco de pré-eclâmpsia
O site Crescer da globo.com publicou em 14/12/2017 uma notícia que informava a realização de uma pesquisa no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da College University, da Irlanda.
Este estudo foi liderado pelo Professor John Higgins e, segundo os autores, as mulheres que trabalham durante a gestação são quase cinco vezes mais propensas a desenvolver esta condição.
De acordo com os pesquisadores, o estresse provocado pelo trabalho pode aumentar os níveis hormonais, que colocam as mulheres em maior risco de desenvolver esta condição. Para chegar a tal resultado, foi monitorada a pressão arterial de 933 mulheres, na faixa dos 20 anos, enquanto seguiam suas rotinas normais.
Estas mulheres foram divididas em três grupos, as que estavam trabalhando durante a gestação, as que não estavam trabalhando fora e as que possuíam emprego, mas optaram por parar de trabalhar na gravidez; todas estavam entre 18 e 24 semanas de gestação, e as que estavam trabalhando tiveram as maiores leituras de pressão arterial.
O estudo não identificou o trabalho que as mulheres exerciam, mas não deixou de surpreender os pesquisadores. “Ficamos surpresos com a associação, especialmente porque excluímos do levantamento as mulheres que apresentavam alto risco de pré-eclâmpsia”, disse o professor John Higgins ao jornal Daily Mail.
Segundo os próprios autores da pesquisa, ainda são necessários mais estudos para fechar questão sobre este assunto e, portanto, nenhuma grávida precisa se assustar e abandonar o trabalho por causa disso.
O que é a pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia, que acomete de 5% a 10% das gestantes, geralmente na primeira gravidez, aparece a partir da 20ª semana, e caracteriza-se por um súbito aumento da pressão arterial (acima de 140/90 mmHg), muitas vezes acompanhado por edema e dor de cabeça. Isso acontece exclusivamente na gravidez, pois a placenta libera toxinas pelo corpo, que podem danificar os vasos sanguíneos e levar à insuficiência de órgãos. Como consequência desses sintomas, o fluxo de sangue para o bebê fica comprometido e ele passa a não receber alimento suficiente, o que prejudica seu crescimento e pode levar a um parto prematuro. Em quadros mais graves, a pressão alta pode provocar edema cerebral, convulsões e até mesmo levar a gestante ao coma.
Primeira gestação, gravidez gemelar, feto grande, histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia na família, ou em gravidez anterior, bem como sobrepeso, idade superior a 35 anos e pressão alta antes da gestação são fatores que aumentam as chances de desenvolver esta doença. Portanto, nestes casos, vale redobrar os cuidados, além de controlar o peso, a ingestão de sal, combater o estresse e praticar atividade física, desde que com orientação médica.
Uma medida para combater o estresse e a pré-eclâmpsia é aprimorar o tratamento do profissional de saúde com o Biofeedback Cardíaco, que proporciona resultados mais detalhados sobre a situação do paciente através do cardioEmotion.
Para saber mais sobre o cardioEmotion e como usá-lo adequadamente, baixe gratuitamente o ebook “Como tornar visível o invisível”.
—
Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
Comentários