Alterações da resposta hemodinâmica ao estresse mental através do treinamento pelo biofeedback cardíaco
Este estudo, cujos autores são Jeffrey L. Goodie e Kevin T. Larkin, foi publicado na Applied Psychophysiology and Biofeedback, Vol. 26, No. 4, 2001. Ele apresenta os achados da tese de mestrado de Jeffrey L. Goodie pela Universidade de West Virginia. Kevin T. Larkin é psicólogo da Universidade de West Virginia, em Morgantown, WV.
O objetivo deste estudo foi examinar a alterações hemodinâmicas subjacentes, que acompanham reduções observadas da frequência cardíaca (FC) em resposta ao estresse mental, após um treinamento pelo biofeedback cardíaco (HVR).
Vinte e cinco universitários do sexo masculino foram designados para um grupo que recebeu treinamento através do biofeedback cardíaco, chamado de grupo BFC, ou para um grupo controle; todos os participantes foram apresentados a um videogame e a um desafio aritmético, e a FC, a pressão arterial (PA) e medidas hemodinâmicas pelo ECG (eletrocardiografia) foram registradas. Durante o treinamento, apenas o grupo BFC recebeu biofeedback cardíaco, enquanto os seus membros jogavam o videogame.
Os resultados revelaram que o grupo BFC mostrou valores da FC, PA sistólica, volume sistólico e resistência total periférica significativamente mais baixos, em resposta ao videogame, e em comparação aos dados de antes do treinamento.
Não houve evidência que as habilidades adquiridas fossem generalizadas para a tarefa mental aritmética.
Os resultados deste estudo mostram evidência que o treinamento pelo biofeedback cardíaco é um método eficaz para diminuir não apenas as respostas exageradas a um agente estressante ambiental, como também toda a resposta hemodinâmica a esse agente estressante.
Entretanto, estes achados também sugerem que a capacidade de diminuir a FC, aprendida através do treinamento pelo biofeedback cardíaco, pode não ser generalizada para outros agentes estressantes, particularmente se os participantes não forem instruídos especificamente para diminuir a FC.
Este estudo se soma ao corpo da literatura que sugere que o treinamento pelo biofeedback HVR (biofeedback cardíaco) pode ser um método útil para reduzir não apenas as respostas da FC, do fluxo sanguíneo e da resistência periférica aos agentes estressantes.
Como informação adicional, o treinamento pelo biofeedback cardíaco pode tornar-se um método mais confiável para ajudar indivíduos a reduzirem a sua resposta cardiovascular ao estresse, e eventualmente prevenir o desenvolvimento de doenças cardíacas.
Você pode acessar o texto completo deste estudo aqui.
Como podemos ver, o uso do biofeedback cardíaco tem a sua utilidade cada vez mais comprovada como um método auxiliar no tratamento e na prevenção de diversas doenças cardiovasculares.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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