
Angústia, medos, depressão, estresse, síndrome do pânico
Uma história publicada hoje no site Uol:
Jefferson, 24 anos, pai de três filhos, mora com a mulher num bairro da Grande São Paulo. Ele tem ensino médio completo, curso de informática, de telemarketing, de técnico em vendas, de brigadista de primeiros socorros, curso para trabalhar com ferramentas de obras, como caixa de posto de gasolina. Mas não tem emprego fixo desde 2016. Veja o seu depoimento:
“Fiquei todo o ano de 2016 entregando currículo e fazendo bicos para sobreviver. Tenho carta de recomendação, mas antigamente era mais fácil conseguir emprego.”
Para sustentar a família, Jefferson faz bicos de construção civil com o sogro, quando aparece algum serviço. A mulher, de 22 anos, fica em casa para cuidar dos filhos, de 8, 6 e 1 ano de idade. Por cerca de sete meses, eles receberam R$ 340,00 do Bolsa Família, mas o benefício foi cortado em junho deste ano.
Consequências: angústia, medos, depressão, estresse, síndrome do pânico.
Segundo a psiquiatra Andrea Alves, os sintomas da ansiedade e pânico são: tensão, nervosismo, preocupação, irritação (irritabilidade aumentada), insônia, angústia constante, dificuldade de concentração, taquicardia, tontura, cefaleia, dores musculares, formigamento, sudorese fria, medo de que a pessoa ou um parente irá adoecer ou sofrer um acidente. A causa normalmente advém de estresse ambiental crônico.
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Síndrome ou Transtorno do Pânico é caracterizado por intensas crises de ansiedade recorrentes, com desenvolvimento do medo de ter novas crises, medo de perder o controle, ter um ataque cardíaco ou enlouquecer. Pode ou não ser acompanhada por agorafobia (medo de locais públicos, multidão, dificuldade de escape fácil e imediato). Os ataques de pânico duram minutos.
Os sintomas são os mesmos descritos na crise ansiosa, além de tremores, dispneia (falta de ar), fogachos, formigamentos em membros e lábios e a causa normalmente é secundária a transtornos depressivos e/ou situação de estresse ambiental.
Um artigo de Nolan R. P. e col. publicado no American Heart Journal, em junho de 2005 verificou que, na doença coronariana, os pacientes manifestavam depressão e estresse e apresentavam uma diminuição do controle vagal da frequência cardíaca. O estudo foi realizado com 46 pacientes no Canadá. O tratamento constou de 5 sessões, com a duração de uma hora e meia, de biofeedback HRV, e os sujeitos da pesquisa estavam divididos em grupo experimental e grupo controle. A conclusão do estudo foi que a intervenção do biofeedback HRV pode aumentar a regulação vagal, enquanto facilita o ajustamento psicológico.
Já existe no Brasil uma ferramenta complementar-integrativa, o cardioEmotion, que está sendo usada por psicólogos e psiquiatras para analisar a variabilidade da frequência cardíaca, e permitir o atingimento da coerência cardíaca. Veja como esta ferramenta pode ajudar no tratamento de estados de ansiedade, angústia, depressão e síndrome do pânico, faça download do e-Book “Como tornar visível o invisível: visualizando as reações psicofisiológicas por meio de biofeedback”.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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