Biofeedback cardíaco no tratamento de transtornos relacionados ao estresse e à ansiedade: uma revisão crítica
O artigo acima mencionado, de autoria de Lantyer A. S. e col*., da Universidade Federal de São Paulo, em Santos, foi publicado em Psico-USF, Bragança Paulista, v. 18, n. 1, p. 131-140, jan./abril 2013.
Resumo
O treinamento em biofeedback cardíaco tem sido utilizado para o tratamento de diferentes quadros clínicos e para a prevenção/alívio de sintomas relacionados ao estresse/ansiedade. Este trabalho analisou a literatura de 2008 a 2012 sobre o tema “biofeedback cardíaco, estresse e ansiedade” publicada nas bases MEDLINE, LILACS e Web of Sciences, utilizando como palavras-chave “biofeedback cardíaco”, “anxiety”, “stress”, “psychology” e “biofeedback cardíaco training”.
Resultados
Os resultados demonstram que técnicas de biofeedback cardíaco são eficazes no manejo do estresse/ansiedade nas diferentes populações estudadas.
Dentre os 29 artigos analisados, três eram estudos de caso, 17 eram ensaios clínicos randomizados, um era um estudo no qual os grupos de comparação foram formados de forma não-aleatória e oito eram revisões de literatura.
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Conclusões
A maioria dos artigos consultados demonstrou eficácia da utilização de equipamentos de biofeedback cardíaco como recurso terapêutico no manejo da ansiedade e do estresse, e de transtornos relacionados (insônia, asma,
TP, TEPT, síndrome do vômito cíclico) (Hallman & cols., 2011; Kang & cols., 2009; Meuret & Ritz, 2010; Nestoriuc & cols., 2008; Nicholson & cols., 2011; Shenefelt, 2010; Slutsker & cols., 2010).
Apenas quatro dos artigos pesquisados demonstraram que as técnicas
de biofeedback cardíaco utilizadas não apresentaram eficácia sobre outras abordagens terapêuticas ou não foram eficazes em reduzir de maneira significativa os sintomas almejados (Jordanova & Gucev, 2010; Lande & cols., 2010; Meuret & Ritz, 2010; Nestoriuc & cols., 2008).
Embora deva ser levada em consideração a possibilidade de que alguns estudos que apresentaram resultados negativos não tenham sido publicados, o grande número de resultados positivos divulgados
sugere que técnicas de biofeedback cardíaco podem ser úteis como ferramentas terapêuticas para o manejo do estresse/ansiedade.
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* Sobre os autores:
Angélica da Silva Lantyer é graduada em Psicologia e mestranda no Programa de Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde, ambos pela Universidade Federal de São Paulo, com atuação na área de ansiedade, estresse e biofeedback cardíaco. É bolsista CAPES.
Milena de Barros Viana é graduada em Psicologia pela Universidade Federal de São Paulo, com doutorado em Psicobiologia, pela Universidade de São Paulo, e em Epistemologia da Psicologia, pela Universidade Federal de São
Carlos. Atualmente, é professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo, atuando na área da neurobiologia da ansiedade.
Ricardo da Costa Padovani é psicólogo, doutor em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos, especialista em Terapia Comportamental Cognitiva em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria
HCFMUSP/Programa de Ansiedade e professor adjunto II do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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