Biofeedback VFC e o controle de dor muscular crônica
Este é um artigo publicado por Suzanne Levy no site HEALTH em 28 de fevereiro de 2016.
O biofeedbck é uma técnica por meio da qual os pacientes aprendem a usar a sua mente para controlar funções corporais, que normalmente são controladas automaticamente. Esta técnica pode dar aos pacientes a capacidade de diminuir a sua dor, quando estão em casa.
A paciente Amanda, que sofre de enxaqueca, teve sucesso na primeira vez que ela experimentou o biofeedback. Naquele dia ela estava com dor considerável e a temperatura da sua pele estava baixa. Mas, após alguns minutos de treinamento para relaxar com o auxílio do biofeedback, ela descobriu que poderia elevar essa temperatura.
Sensores detectam a resposta corporal ao estresse, e o paciente aprende a controlar essas mudanças. Numa sessão de biofeedback, um sensor é colocado num dos dedos da mão e conectado a um monitor, que mede as funções corporais como a respiração, a sudorese, a temperatura da pele, a pressão arterial e a frequência cardíaca. Ao relaxar, limpe a sua mente e respire profundamente; a sua respiração diminui a sua frequência cardíaca e, à medida que os números aparecem no monitor, você começa a aprender como controlar conscientemente certas funções corporais, que normalmente, são controladas inconscientemente. Para muitos pacientes, esta pode ser uma experiência libertadora.
Através do biofeedback, os pacientes aprendem a controlar o sistema nervoso simpático, a resposta de ¨fuga ou luta”, que, quando estamos estressados, aumenta a nossa frequência cardíaca, produz sudorese nas palmas das mãos e enrijece os músculos, o que pode produzir dor.
John Lefebvre, PhD, um professor de psicologia do Wofford College em Spartanbug, na Carolina do Sul, diz que “É como se os seus olhos estivessem fechados e você estivesse tentando escrever. A sua caligrafia ficaria ruim, porque você não teria toda a informação de que precisa. O biofeedback lhe dá essa informação, e armado com ela, a meta é relaxar, e isto se torna uma habilidade muito útil”.
Os músculos contraídos, que podem ser uma fonte de dor, acalmam-se. Um dispositivo capta os sinais dos músculos. Cada vez que eles ficam mais tensos, isto é percebido pela ferramenta de biofeedback e o paciente pode relaxar os seus músculos.
O relaxamento dos músculos faciais
Segundo Richard Gevirtz, PhD, ex-Presidente da Associação de Psicofisiologia Aplicada e de Biofeedback, diz que “Os músculos faciais têm alças de biofeedback elaboradas com ambos os ramos do sistema nervoso autônomo (o simpático e o parassimpático). As pessoas são ensinadas a relaxar profundamente os músculos faciais e, eventualmente, elas descobrem como reproduzir um sorriso como o da Mona Lisa”.
Kenneth Holroyd, PhD, um ilustre professor de psicologia da Universidade de Ohio em Athens, estudou os efeitos do biofeedback sobre a enxaqueca. “Através de tentativa e erro, você pode aprender a prevenir as crises de enxaqueca, e evitar que elas comecem a ocorrer. Você pode mudar a resposta fisiológica pela ação da sua mente”.
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Você sabe que no Brasil já existe uma ferramenta de biofeedback cardíaco (HRV) disponível para auxiliar no tratamento da ansiedade? Para saber mais sobre essa ferramenta chamada cardioEmotion, faça download do e-Book “Como tornar visível o invisível: visualizando as reações psicofisiológicas por meio de biofeedback”.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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