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Biofeedback VFC em pacientes com dependência de álcool

Biofeedback VFC em pacientes com dependência de álcool

Este estudo de Penzin A. I. e col. foi publicado online no Neuropsychiatr Dis Treat. em 9 de outubro de 2015; 11: 2619–2627, doi: 10.2147/NDT.S84798.

Resumo

Antecedentes e objetivo

Em pacientes com dependência alcoólica, lesão tóxica etílica das fibras nervosas vasomotoras e das autônomas cardíacas leva a desequilíbrio autônomo com disfunção neurovascular e cardíaca, a última disfunção resultando em redução da VFC (variabilidade da frequência cardíaca, ou HRV em inglês).

O desequilíbrio autônomo está ligado a aumento do desejo por ingestão de álcool e da mortalidade cardiovascular. Neste estudo, procuramos avaliar os efeitos do treinamento através do biofeedback VFC sobre a VFC, função vasomotora, fissura e ansiedade.

Métodos

Foi realizado um estudo randomizado, controlado em 48 pacientes (14 deles mulheres, todos com idade variando entre 25 e 59 anos), que foram internados e submetidos a tratamento de reabilitação. No grupo em tratamento 24 pacientes receberam seis sessões de biofeedback VFC durante 2 semanas, além dos cuidados de reabilitação padrão, enquanto que no grupo controle os sujeitos receberam apenas os cuidados padrão.

Testes psicométricos para desejo por ingestão de álcool (Escala de Bebida Obsessiva Compulsiva), ansiedade (Lista de Verificação de Sintomas 90), avaliação da VFC usando análise do coeficiente de variação dos intervalos R-R (CVRR) e avaliação da função vasomotora usando fluxometria laser Doppler foram analisados na situação basal e imediatamente após o término do tratamento, ou do período de controle, além de 3 e 6 semanas depois (seguimentos 1 e 2).

Resultados

Os testes psicomotores mostraram diminuição do desejo da ingestão de álcool no grupo do biofeedback VFC imediatamente após a intervenção (pontuações EBOC: 8,6 ± 7,9 após o biofeedback VFC, versus 13,7 ± 11,0 na situação basal [média ± desvio padrão], p < 0,05), enquanto que este desejo pela ingestão de álcool não mudou neste ponto no grupo controle. A ansiedade diminuiu nos seguimentos 1 e 2 após o biofeedback VFC, mas não se alterou no grupo controle (p < 0,05). No seguimento do biofeedback VFC o EBOC tendeu a ser aumentado (10,3% ± 2.8% após o biofeedback VFC, 10,1% ± 3,5% no seguimento 1, 10,1% ± 2,9% no seguimento 2 versus 9,7% ± 3,6% na situação basal; p = não significativo).

Não houve esta tendência no grupo controle. A função vasomotora, avaliada usando a duração média a 50% da vasoconstrição dos vasos cutâneos, após profunda inspiração melhorou imediatamente após a intervenção do biofeedback VFC e não se alterou no grupo controle (p < 0,05).

Conclusão

Os autores concluíram que “nossos dados indicam que o biofeedback VFC pode ser útil para diminuir a ansiedade, aumentar a VFC e melhorar a função vasomotora em pacientes com dependência alcoólica, ao complementar os cuidados padrão de reabilitação para pacientes internados”.

Já existe disponível no Brasil uma ferramenta complementar-integrativa, o cardioEmotion, inventada e desenvolvida por mim e pela Priscila Coghi para avaliação da VFC.

Para saber mais sobre o cardioEmotion, baixe gratuitamente o ebook “Benefícios do Biofeedback no Tratamento de Transtorno de Substâncias Químicas” e aprenda mais.

Prof. Dr. Marco Fabio Coghi

Pesquisador, responsável científico pelo desenvolvimento do cardioEmotion. Químico e Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação (UNICID, UNIFESP, CETCC entre outros); especialista em biofeedback cardiovascular. Palestrante nacional e internacional. Escreveu diversos e-books sobre o tema: coerência cardíaca e biofeedback. Autor de três patentes de invenção. Instrutor de Yoga pós-graduado; terapeuta Ayurveda com estágios realizados na Índia. Hipnoterapeuta. Diretor Científico da NPT – Neuropsicotronics, diretor da Clínica TAMA e da INTELECTUS Clínica e Escola.

Prof.ª Silvana P. Cracasso

Mestranda na UNIFESP em Técnicas Contemplativas. Aprimoramento em técnicas de Atenção Plena e Mindfulness para Saúde. Docente do curso de pós-graduação na UNINOVE. Pedagoga, especialista em Psicopedagogia, Dependência Química, Neuropsicologia do Desenvolvimento. Aprimoramento em Psicofarmacologia, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para Desafios Clínicos; Avaliação Neuropsicológica Interdisciplinar; Neuropsicologia Clínica Aplicada à Reabilitação. Educação Emocional e Neurofisiologia das Emoções. Palestrante e formadora de lideranças em Habilidades Socioemocionais. Diretora e coordenadora de atendimento terapêutico da Clínica TAMA e Diretora da INTELECTUS Clínica e Escola.

 

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