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Biofeedback VFC para reduzir desejos durante o tratamento de transtornos por uso de substâncias

Biofeedback VFC para reduzir desejos durante o tratamento de transtornos por uso de substâncias

Este estudo de Eddie D. e col. foi apresentado na Convenção Anual da American Psychological Association realizada em Washington, DC em 2014.

Resumo

O desejo por drogas mostrou prever, consistentemente, os resultados do tratamento do transtorno do uso de substâncias (TUS). Devido ao desejo ter componentes psicológicos e fisiológicos, continua haver a necessidade de tratamentos mais eficazes dos mecanismos fisiológicos e psicológicos que contribuem para a existência desses desejos.

O biofeedback VFC (variabilidade da frequência cardíaca, ou HRV em inglês), uma técnica centrada na respiração, geralmente usada em sessões de 10 a 12 semanas, melhora o funcionamento do sistema nervoso autônomo (SNA), sendo tido como uma intervenção eficaz para ajudar indivíduos a regular o forte afeto em determinados momentos. Nós (os autores) propomos que o biofeedback VFC pode ser uma adição eficaz aos tratamentos tradicionais do TUS.

O presente estudo investigou a viabilidade de uma breve intervenção de 3 sessões do biofeedback VFC associada ao tradicional programa de tratamento de 28 dias do TUS.

Quarenta e um participantes adultos jovens do sexo masculino de uma clínica ambulatorial do Rutgers Center of Alcohol Sdudies foram randomizados para 2 grupos (21 do grupo do experimento e 20 controles). Os participantes receberam o tratamento usual do TUS + 3 sessões de treinamento do biofeedback VFC durante 3 semanas, com recomendação de prática diária, ou apenas o tratamento usual do TUS. O tratamento através do biofeedback VFC foi bem tolerado pelos participantes e apoiado pelos membros da clínica.

Os resultados indicaram que os participantes do grupo do experimento demonstraram maior redução do tamanho do efeito médio sobre o desejo por álcool e drogas, em comparação com o grupo controle, embora esta diferença não tenha alcançado significância estatística.

Análises de regressão hierárquica das pontuações de mudança de desejos residuais produziram efeitos significativos de interação no grupo do experimento, em que os níveis basais de VFC foram preditivos de mudanças dos desejos apenas no grupo controle: níveis basais inferiores da VFC foram associados a aumentos dos desejos do início ao fim do tratamento, enquanto que níveis basais mais elevados da VFC foram associados a maiores reduções do desejo até o final do tratamento.

Todavia, no grupo do experimento não houve tal associação. Ou seja, o biofeedback VFC pareceu dissociar as diferenças individuais nos níveis basais da VFC de alterações no desejo. Dado que o desejo por álcool e drogas muitas vezes precipita a recaída, o biofeedback VFC merece mais estudos como um tratamento adjunto para melhorar o desejo experimentado por pessoas com transtornos por uso de álcool e drogas.

Conclusões

  • Os presentes achados apoiam a interpretação de um potencial acréscimo do benefício clínico do biofeedback VFC sobre a redução do desejo, no contexto de tratamento intensivo de pacientes internados, particularmente nos indivíduos mais desregulados autonomicamente, com baixos níveis basais de VFC.
  • Nos participantes que receberam apenas o tratamento usual do TUS, o nível da VFC na entrada pareceu ser um fator que contribui para a regulação do desejo, ao passo que os níveis de VFC predizem menos mudanças positivas do desejo ao longo do tempo. O biofeedback VFC pode quebrar essa ligação.
  • Notadamente, a opinião dos participantes foi extremamente positiva e a intervenção foi bem recebida pelo pessoal da clínica.
  • Os resultados apoiam mais avaliações do biofeedback VFC como um componente do plano de tratamento das pessoas com TUS, e o uso do biofeedback VFC como um complemento dos programas de tratamento do TUS, usando maiores amostras, registros das práticas diárias e, talvez, sessões adicionais de treinamento do biofeedback VFC.

Atualmente, já existe disponível no Brasil uma ferramenta complementar-integrativa de biofeedback VFC, o cardioEmotion, inventado e desenvolvido por mim e pelo Prof. Dr. Marco Fabio Coghi.

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Prof. Dr. Marco Fabio Coghi

Pesquisador, responsável científico pelo desenvolvimento do cardioEmotion. Químico e Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação (UNICID, UNIFESP, CETCC entre outros); especialista em biofeedback cardiovascular. Palestrante nacional e internacional. Escreveu diversos e-books sobre o tema: coerência cardíaca e biofeedback. Autor de três patentes de invenção. Instrutor de Yoga pós-graduado; terapeuta Ayurveda com estágios realizados na Índia. Hipnoterapeuta. Diretor Científico da NPT – Neuropsicotronics, Diretor da Clínica TAMA e da INTELECTUS Treinamento e Cursos.

Prof.ª Silvana P. Cracasso

Mestranda na UNIFESP em Técnicas Contemplativas. Aprimoramento em técnicas de Atenção Plena e Mindfulness para Saúde. Docente do curso de pós-graduação na UNINOVE. Pedagoga, especialista em Psicopedagogia, Dependência Química, Neuropsicologia do Desenvolvimento. Aprimoramento em Psicofarmacologia, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para Desafios Clínicos; Avaliação Neuropsicológica Interdisciplinar; Neuropsicologia Clínica Aplicada à Reabilitação. Educação Emocional e Neurofisiologia das Emoções. Palestrante e formadora de lideranças em Habilidades Socioemocionais. Diretora e coordenadora de atendimento terapêutico da Clínica TAMA e Diretora da INTELECTUS Treinamento e Cursos.

 

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