Como as emoções humanas podem afetar a saúde

Como as emoções humanas podem afetar a saúde

Mariana é uma médica de 35 anos de idade, que se queixava de dores musculares de forte intensidade que a incomodavam muito. Ela relatava que, todos os dias, acordava com os dentes fortemente cerrados e os músculos muito tensos. Ela sentia dores nos ombros e nas costas, nas proximidades da nuca e na região lombar, além de alterações de sensibilidade, como uma sensação anormal e desagradável na pele, de formigamento e dormência.

Mariana ainda contava que sofria tensão no serviço. Ela era contratada por uma empresa terceirizada, que prestava serviços de atendimento médico a funcionários de um banco, que não estavam contentes com o emprego.

Ela já havia tentado diversos tipos de tratamento, como tomar remédios para dor e relaxantes musculares, alongamento, massagem, eletroterapia e nada estava funcionando. Os benefícios duravam pouco tempo, após o qual os sintomas voltavam. E o seu estado geral estava piorando.

Perguntada se não estava escondendo nada do seu terapeuta, ela resolveu abrir o seu coração e relatou que quase não tinha amizades, que preferia ficar sozinha nos fins de semana, pois a família vivia em outra cidade. Ela disse ainda que havia terminado um noivado há alguns meses e que padecia de agorafobia, isto é, tinha medo de estar em espaços abertos e no meio de multidões, tinha medo de viajar de avião, quando ia visitar a família, só o fazendo com a ajuda de calmantes, e já havia tido alguns episódios de pânico.

Finalmente, ela se sentia só e desamparada, tinha medos, ansiedades e incertezas.

Hoje Mariana está bem melhor e ela continua desempenhando a sua atividade profissional, vivendo equilibradamente e, principalmente, está mais feliz.

Como isto aconteceu?

Reginaldo é administrador de empresas, tinha na época 39 anos de idade e é um executivo de vendas em uma grande empresa nacional, no interior do estado de São Paulo. Ele é dinâmico, ambicioso e grande líder, que cobiçava alcançar o posto máximo de sua função: a gerência nacional de vendas.

Reginaldo é dotado das habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para ser um forte candidato para uma promoção. Porém, algo muito o atormentava. Ele acreditava que havia uma espécie de maldição em sua família: quando um homem fazia 40 anos, perdia tudo, ficava na miséria, na bancarrota. Assim, havia acontecido com seu avô, seu pai e com um irmão. Será que havia chegado sua hora? E isso o apavorava, minava e limitava seus esforços e energias rumo ao topo de sua carreira profissional. E com razão: ele é casado, pai de um filho pequeno e único provedor.

Hoje Reginaldo está renovado, sem o assombro da maldição da família e conseguiu a promoção que almejava. Ele está sem medos e sem essa crença negativa. Ele se sente feliz.

Como isto aconteceu?

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Sobre o autor: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.