Dois estudos europeus independentes trazem esperança para a coerência cardíaca em novas áreas de doenças mentais – parte 1
Dois estudos piloto realizados independentemente em nações europeias vizinhas tinham objetivos semelhantes e chegaram a conclusões similares sobre os benefícios potenciais do treinamento da coerência cardíaca em duas populações de pacientes com doenças mentais incapacitantes. Um dos estudos usou técnicas de regulação emocional como intervenção primária.
Na Suíça, os pesquisadores realizaram o estudo “Treinamento da coerência cardíaca (TCC) para lidar com o estresse no local de trabalho, em pessoas com incapacidade intelectual leve*”. Eles testaram os efeitos que teria o treinamento sobre pessoas em geral, sobre os participantes deste estudo, juntamente com o trabalho deles, em workshops protegidos.
Os treinadores, que trabalharam com os participantes no local do estudo, no cantão suíço de Vaud, os instruíram sobre como realizar uma respiração controlada ou gerenciada, e usaram o registro de dados sobre a variabilidade da frequência cardíaca** (VFC, ou HRV em inglês) para ajudar a melhorar o seu sistema nervoso autônomo (SNA) e baixar os níveis de estresse.
**No Brasil, existe disponível uma ferramenta integrativa complementar de biofeedback da VFC, o cardioEmotion, que pode ser usada para treinamento deste tipo descrito no estudo, mostrando quando é atingida a coerência cardíaca.
A VFC é a alteração dos intervalos de tempo entre batimentos cardíacos adjacentes. Segundo Rollin McCraty, num artigo em que foi coautor com o pesquisador Fref Shaffer, “a VFC está diretamente relacionada aos sistemas regulatórios interdependentes do corpo humano e, ultimamente, à sua eficiência e à saúde. Um ótimo nível da VFC de um organismo reflete funções saudáveis e uma capacidade inerente de autorregulação, adaptabilidade, ou de resiliência”.
O treinamento da coerência cardíaca foi testado em 17 voluntários com incapacidade mental leve, em duas semanas consecutivas. Este treinamento incluiu 30 minutos de introdução ao controle respiratório antes do início do trabalho de meio dia dos participantes. A eficiência da intervenção foi medida pelos resultados da análise de um escala de estresse amplamente aceita aplicada aos dados coletados da VFC, nas semanas anterior e posterior ao período de treinamento.
Clique aqui, para ler o texto completo do estudo.
*Os pesquisadores deste estudo foram: Favrod J., Brana A., Gavillet A., Akselrod M., Nguyen A. e Palix J.
No próximo post, mostraremos os dados referentes ao segundo estudo e as conclusões.
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Você sabe que no Brasil já existe uma ferramenta de biofeedback cardíaco (HRV) disponível para auxiliar no tratamento da ansiedade? Para saber mais sobre essa ferramenta chamada cardioEmotion, faça download do e-Book “Como tornar visível o invisível: visualizando as reações psicofisiológicas por meio de biofeedback”.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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