Efeitos do biofeedback VFC a curto prazo sobre abstinência a longo prazo, em pacientes com dependência de álcool
Este estudo de Penzlin A. I. e col. foi publicado em 6 de setembro de 2017 em BMC Psychiatry, doi.org/101186/s12888-07-1480-2.
Resumo
Antecedentes
Recentemente, um estudo randomizado e controlado mostrou que o biofeedback da VFC (Variabilidade da Frequência Cardíaca ou HRV em inglês) no curto prazo, associado aos cuidados padrão de reabilitação para dependência de álcool pode diminuir o desejo, a ansiedade e melhorar a função autônoma cardiovascular. Escreveram os autores que “Neste estudo de seguimento de um ano, nós exploramos se a conclusão do treinamento de 2 semanas através do biofeedback VFC estava associada à abstinência no longo prazo. Além disso, nós procuramos identificar preditores potenciais da abstinência pós-tratamento”.
Métodos
Nós conduzimos uma pesquisa sobre a abstinência em pacientes com dependência alcoólica 1 ano após a conclusão do ensaio clínico randomizado e controlado, que comparou o biofeedback VFC com apenas o tratamento de reabilitação da adição (controles), em pacientes internados. As taxas de abstinência foram comparadas e analisadas para associação a dados demográficos, bem como avaliação cardíaca psicométrica e autônoma, antes e depois da conclusão do treinamento pelo biofeedback VFC, usando análises de regressão bivariada e multivariada.
Resultados
Dos 48 pacientes que participaram do estudo randomizado e controlado, 27 deles (9 do sexo feminino, idade média de 42,9 ± 8,6 anos) completaram um ano de seguimento. Quando foram incluídos na análise apenas os pacientes que concluíram o seguimento, a taxa de abstinência tendeu a ser maior nos pacientes que foram submetidos ao biofeedback VFC um ano antes, em comparação com aqueles que receberam somente tratamento de reabilitação (66,7% vs. 50%, p = ns). Esta tendência não significativa foi também observada na análise da intenção de tratar, na qual se supôs que os pacientes que não participaram do seguimento tiveram recaída (46,7% biofeedback vs. 33,3% controles, p = ns). As funções cardíacas autônomas e as variáveis psicométricas não foram associadas à abstinência 1 ano após o biofeedback VFC.
Conclusão
Nosso estudo de seguimento forneceu uma primeira indicação do possível aumento da abstinência no longo prazo, após o uso do biofeedback VFC associado à reabilitação, para dependência alcoólica.
Já existe disponível no Brasil uma ferramenta complementar-integrativa, o cardioEmotion, inventada e desenvolvida por mim para avaliação da VFC.
Para saber mais sobre o cardioEmotion, baixe gratuitamente o e-book “Como tornar visível o invisível” e/ou inscreva-se para fazer o curso do mesmo nome, que é ministrado diversas vezes por ano, em diferentes locais (link), por:
Prof. Dr. Marco Fabio Coghi
Pesquisador, responsável científico pelo desenvolvimento do cardioEmotion. Químico e Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação (UNICID, UNIFESP, CETCC entre outros); especialista em biofeedback cardiovascular. Palestrante nacional e internacional. Escreveu diversos e-books sobre o tema: coerência cardíaca e biofeedback. Autor de três patentes de invenção. Instrutor de Yoga pós-graduado; terapeuta Ayurveda com estágios realizados na Índia. Hipnoterapeuta. Diretor Científico da NPT – Neuropsicotronics, diretor da Clínica TAMA e da INTELECTUS Clínica e Escola.
Prof.ª Silvana P. Cracasso
Mestranda na UNIFESP em Técnicas Contemplativas. Aprimoramento em técnicas de Atenção Plena e Mindfulness para Saúde. Docente do curso de pós-graduação na UNINOVE. Pedagoga, especialista em Psicopedagogia, Dependência Química, Neuropsicologia do Desenvolvimento. Aprimoramento em Psicofarmacologia, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para Desafios Clínicos; Avaliação Neuropsicológica Interdisciplinar; Neuropsicologia Clínica Aplicada à Reabilitação. Educação Emocional e Neurofisiologia das Emoções. Palestrante e formadora de lideranças em Habilidades Socioemocionais. Diretora e coordenadora de atendimento terapêutico da Clínica TAMA e Diretora da INTELECTUS Clínica e Escola.
Comentários