Homens com estresse são mais propensos ao câncer
Conforme destacado em interessante artigo publicado no portal MIE, o resultado de uma extensa pesquisa detectou que a probabilidade de desenvolvimento do câncer no longo prazo é 20% maior entre os homens submetidos a estresse, em relação aos que não são estressados.
A pesquisa de acompanhamento por 20 anos foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa do Câncer, com sede em Tóquio. O resultado foi divulgado para a imprensa na sexta-feira (19/01/2018) e publicado na importante Scientific Reports de língua inglesa.
A longa pesquisa de acompanhamento foi aplicada em 10 centros de saúde do país, com público alvo de 101.708 pessoas de ambos os sexos, na faixa dos 40 aos 69 anos. O número de homens pesquisados representou 48% da amostra. A pesquisa analisou os pacientes que desenvolveram câncer nesse período de 20 anos, e a relação da doença com o estresse, em 3 níveis – alto, médio e baixo.
O resultado mostrou que 17.161 pessoas tiveram câncer durante a pesquisa e, no longo prazo, quando o nível de estresse subjetivo foi alto, o risco de morbidade aumentou para todos os tipos de câncer.
Estresse e câncer, relação não foi observada nas mulheres
Essa relação é maior nos homens. Além disso, em relação aos órgãos afetados, o risco aumentou quando o estresse subjetivo foi alto, e o desenvolvimento de câncer ocorreu, especialmente, no fígado e na próstata.
A influência de hábitos de vida, que são fatores de risco do câncer, como fumar e beber, não pode ser descartada. O centro explica que “futuramente, é necessário um exame mais aprofundado desta questão”.
Como resultado final observou-se que, no grupo de homens com alto nível de estresse, tanto no início da pesquisa, quanto 5 anos depois do seu começo, a propensão ao câncer subiu para 19%, em comparação com o grupo de homens que estava submetido a nível mais baixo de estresse.
No grupo das mulheres não foi observada essa relação do estresse com o câncer.
“Livrar-se do estresse pode ajudar na prevenção do câncer”, apontou a equipe de pesquisadores.
Esta é uma pesquisa interessante, principalmente se considerarmos que estudos realizados usando o biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (VFC, ou HRV em inglês) mostram que altos níveis de estresse alteram o equilíbrio do sistema nervoso autônomo, produzindo elevação do tônus simpático, que, como sabemos, influi sobre diversas variáveis psicofisiológicas, por exemplo, aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial, e também alterando o comportamento do sistema imunológico.
Essas ações do estresse estão muito bem documentadas no ebook “Como tornar visível o invisível” que demonstra o mecanismo íntimo das ações acima mencionadas.
Todavia, as causas do comportamento das pessoas diante de uma situação de estresse, nem sempre são fáceis de identificar.
Os autores do e-book, acima mencionado, da Neuropsicotronics, também desenvolveram no Brasil, em parceria com um departamento da USP, uma ferramenta complementar-integrativa chamada cardioEmotion.
Essa ferramenta permite que psicólogos e psiquiatras trabalhem seus pacientes e os treinem para atingir a coerência cardíaca, que é um estado que permite que estes pacientes se defendam dos efeitos do estresse a que são submetidos, reequilibrando os efeitos dos ramos Simpático e Parassimpático do Sistema Nervoso Autônomo. Centenas destes profissionais já fazem isto em nosso país.
Para saber mais sobre o cardioEmotion, baixe aqui o e-Book “Como tornar visível o invisível” e descubra como ele funciona e os benefícios que ele pode trazer para a sua vida.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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