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O biofeedback HRV aumenta o ganho do barorreflexo e o fluxo expiratório máximo

O biofeedback HRV aumenta o ganho do barorreflexo e o fluxo expiratório máximo

Um estudo de P. M. Lehrer e col. foi publicado em Psychosomatic Medicine 65:796–805 (2003), cujo objetivo foi avaliar o biofeedback cardíaco (HRV = heart rate variability) como um método para aumentar o ganho do barorreflexo vagal e para melhorar a função respiratória em 54 adultos.

O biofeedback pode capacitar as pessoas a obter controle voluntário sobre vários processos fisiológicos, e alguns métodos de biofeedback têm sido amplamente usados como auxiliares ao tratamento medicamentoso.

Tipicamente, uma pessoa, que está sendo treinada pelo biofeedback, vê numa tela um gráfico de uma função fisiológica, e tenta muda-la. A maioria dos métodos de biofeedback envolve ensinar os participantes a controlar os níveis de uma função fisiológica, como tensão muscular, frequência cardíaca, pressão arterial, ou a temperatura medida através de um sensor digital.

O método utilizado foi uma comparação de 10 sessões de treinamento através do biofeedback cardíaco com um controle que não recebeu instruções. Os efeitos cognitivos e fisiológicos foram medidos em quatro sessões.

Foram recrutados participantes através de anúncios na mídia e de contatos pessoais e excluídos voluntários que fumavam, tinham uma história de psicose, de deficiência mental, de doenças ou arritmias cardíacas, de doenças pulmonares crônicas (inclusive asma), de doenças neurológicas sérias (inclusive epilepsia), ou que estavam tomando qualquer medicação que afetasse o sistema nervoso autônomo (SNA).

Participaram deste estudo 54 pessoas, que foram randomizadas de forma equilibrada a grupos de acordo com idade e sexo. Destas, 25 foram para o grupo do protocolo de biofeedback (2 abandonaram o estudo antes do final) e 32 para a lista de espera (1 abandonou antes do final).

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ensaios Clínicos em Seres Humanos da UMDNJ (Universidade de Medicina e de Odontologia de New Jersey) – Robert Wood Johnson Medical School.

Os resultados mostraram aumentos agudos do espectro de baixa frequência e do espectro total da variabilidade da frequência cardíaca (HRV) e do ganho do barorreflexo vagal, correlacionados à respiração lenta durante os períodos de biofeedback. Um maior ganho do barorreflexo basal também ocorreu nas sessões do grupo de biofeedback, independentemente das alterações respiratórias e do fluxo expiratório máximo neste grupo, e independentemente das alterações cardiovasculares. O biofeedback foi acompanhado por poucos efeitos colaterais de relaxamento que a condição de controle.

Em conclusão, o biofeedback cardíaco (HRV) teve forte influência de longa duração sobre o ganho do barorreflexo e sobre a função pulmonar em repouso. Ele deve ser avaliado como um método para o tratamento de doenças cardiovasculares e pulmonares. Este estudo também demonstrou a neuroplasticidade do barorreflexo.

Clique aqui para ver o texto integral do estudo.

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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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