Um estudo piloto sobre os efeitos do biofeedback cardíaco em pacientes com depressão e em indivíduos sadios
Appl Psychophysiol Biofeedback (2008) 33:195–201 DOI 10.1007/s10484-008-9064-z.
A diminuição da atividade vagal e o aumento da excitação simpática têm sido propostos como grandes contribuintes do maior risco de mortalidade cardiovascular em pacientes com depressão.
O objeto deste estudo foi avaliar a viabilidade de usar o biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (HRV = heart rate variability) para tratar depressão moderada a grave.
Este foi um estudo aberto no qual 14 pacientes com vários graus de depressão (13 do sexo feminino e 1 do sexo masculino), com idade média de 30 anos (18 – 47 anos) e 12 voluntários sadios (6 do sexo feminino e 6 do sexo masculino) compareceram a 6 sessões de biofeedback HRV durante duas semanas. Outros 12 voluntários sadios (6 do sexo feminino e 6 do sexo masculino foram randomizados como controles ativos. Foram incluídos pacientes que já estavam recebendo antidepressivos, e/ou ansiolíticos, e/ou psicoterapia.
Os pacientes foram recrutados da Clínica de Psicoterapia e de Medicina Psicossomática do Hospital Universitário de Dresden, na Alemanha.
A gravidade da depressão foi avaliada pela Beck Depression Inventory (BDI) e a ansiedade foi medida pela Spielberger State-Trait Anxiety Inventory (STAI).
No seguimento a BDI diminuiu significativamente (BDI 6; mediana 25% – 75% quartil), em comparação com as condições basais (BDI 22; 15-29) nos pacientes com depressão. Além disso, os portadores de depressão diminuíram a frequência cardíaca (FC) e aumentaram a HRV após a realização do biofeedback (p\0,05). Ao contrário, não foram notadas mudanças nos voluntários sadios que receberam biofeedback, nem nos do grupo de controle ativo.
Em conclusão, o biofeedback cardíaco (HRV) parece ser útil no tratamento da depressão associada a aumentos da HRV.
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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