Coerência global – Estudos sobre a VFC*
*Variabilidade da frequência cardíaca
Entre as variáveis do ambiente físico que afetam os processos biológicos e a saúde humana, relatou-se que a variação natural do campo geomagnético da terra influencia variáveis cardiovasculares humanas, que incluem a pressão arterial (PA), a frequência cardíaca (FC) e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC).
Embora haja uma crescente evidência desses efeitos, eles estão longe de serem totalmente entendidos. Diversos estudos descobriram significativas associações entre as tempestades eletromagnéticas e uma diminuição da VFC, indicando a existência de um possível mecanismo que liga a atividade geomagnética a uma maior incidência de doença coronária e infarto do miocárdio. Um estudo que analisou gravações semanais mostrou uma redução de 25% do ritmo VLF (very low frequency = frequência muito baixa) durante dias em que houve distúrbios eletromagnéticos, em comparação com os dias calmos normais.
Para investigar mais as potenciais correlações existentes entre os fatores solares e magnéticos e a VFC, foi realizado um estudo colaborativo com o Prince Sultan Cardiac Center, de Al Ahsa da Arábia Saudita, durante um período de cinco meses. Foram obtidas 960 gravações do biofeedback da VFC num grupo de 16 mulheres, com idade entre 24 e 31 anos. Os dados da VFC foram coletados durante 24 horas por dia, em três dias consecutivos de cada semana, durante cinco meses, entre março e agosto de 2012.
Foram medidos diversos parâmetros relacionados à VFC, à atividade solar e às variáveis magnéticas. Os efeitos circadianos foram retirados, tanto dos fatores ambientais, como das variáveis da VFC. Para cada uma das 16 participantes, foi calculada uma matriz de correlações entre cada variável ambiental e cada variável da VFC.
No geral, este estudo confirmou que a atividade do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), refletida pelas medidas da VFC é afetada por fatores solares e geomagnéticos. Quase todas as correlações foram negativas, mas, surpreendentemente houve algumas correlações positivas.
Embora houvesse várias correlações globais, no nível individual, as respostas da VFC variaram e, em alguns casos, diferentes indivíduos mostraram respostas diferentes às mesmas varáveis ambientais.
Olhando para estes dados, ficou claro que, quando a o campo magnético da terra estava mais calmo, ou o fluxo de radiação solar estava aumentado, as participantes se sentiram melhor, ficaram mental e emocionalmente mais estáveis e tiveram maiores níveis de VFC. Ao contrário, quando o campo magnético estava perturbado, a VFC estava mais baixa, e o bem estar emocional das participantes e a sua clareza mental foram afetados de maneira adversa.
Fonte: https://www.heartmath.org/research/science-of-the-heart/global-coherence-research/
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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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