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Estudos sobre coerência social em organizações que aplicam a lei

Estudos sobre coerência social em organizações que aplicam a lei

Diversos estudos em policiais descobriram que a capacidade deles de reconhecer e autorregular as suas respostas a fatores estressantes, no trabalho e em contextos pessoais, melhorou significativamente após eles terem aprendido técnicas de autorregulação.

Um destes estudos explorou a natureza e o grau de ativação fisiológica, tipicamente sentido pelos policiais no seu trabalho, e os efeitos do programa de treinamento num grupo de policiais do condado de Santa Clara, na Califórnia, Estados Unidos.

As áreas avaliadas incluíram a vitalidade, o bem estar emocional, lidar com o estresse e habilidades interpessoais, desempenho no trabalho, eficácia no local de trabalho e clima, relacionamentos familiares e recalibragem fisiológica após estresse agudo.

Medidas fisiológicas foram obtidas para determinar os efeitos cardiovasculares em tempo real das situações de estresse agudo encontradas em simulações altamente realísticas de chamadas policiais, usadas em treinamento policial, e para identificar os policiais submetidos a maior risco de desafios futuros para a saúde. Os resultados mostraram que o treinamento para a construção de resiliência melhorou a capacidade dos policiais para reconhecer e autorregular as suas respostas aos fatores estressantes, tanto no trabalho, como em contexto pessoal.

Os policiais mostraram diminuição significativa do estresse, das emoções negativas e da depressão, quando comparados com um grupo controle, e aumentaram a sua paz interior (tranquilidade) e a vitalidade, em comparação com o mesmo grupo controle. Também foram notadas melhoras dos relacionamentos familiares, comunicações mais eficazes e cooperação entre as equipes, além de aumento do desempenho no trabalho.

As medidas da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA) durante os cenários simulados de chamada policial mostraram que as circunstâncias estressantes agudas, tipicamente encontradas no trabalho, resultaram num tremendo grau de ativação fisiológica, que levou um tempo considerável para ser recuperado.

As avaliações da atividade do sistema nervoso autônomo, realizadas através de biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca – VFC (HRV, em inglês), revelaram que 11% dos policiais estavam submetidos a alto risco, que foi mais que o dobro da porcentagem tipicamente encontrada na população geral.

Benefícios chave do treinamento dos policiais*

  • Aumento da percepção e das reações de autocontrole face ao estresse.
  • Maior confiança, equilíbrio e clareza sob estresse agudo.
  • Recalibragem fisiológica e psicológica mais rápida, após estresse agudo.
  • Melhor desempenho no trabalho.
  • Menor competição, melhor comunicação e maior cooperação no trabalho entre as equipes.
  • Menor desconforto, menos raiva, tristeza e fadiga.
  • Menos insônia e sintomas de estresse físico.
  • Aumento da paz interior e da vitalidade.
  • Maior disposição para ouvir nos relacionamentos familiares.

*Resultados compilados das avaliações psicológicas e de desempenho, e entrevista semiestruturada realizada após o treinamento.

Um estudo foi realizado com 10 policiais do sexo masculino e 4 do sexo feminino, além de 2 despachantes do Departamento de Polícia da cidade de San Diego, Califórnia, Estados Unidos.

Este estudo incluiu treinamento das habilidades de autorregulação, com uma sessão de treinamento de 2 horas e sessões de orientação por telefone, divididas durante um período de quatro semanas. Além disso, os policiais receberam um app para iPad que incluiu um programa de treinamento de resiliência, com módulos sobre estresse e os seus efeitos, biofeedback VFC e coerência cardíaca e técnicas de autorregulação e jogos controlados pela VFC.

As medidas dos resultados foram a pesquisa de Avaliação da Qualidade Organizacional (PAQO), os relatórios dos orientadores e as suas observações e os comentários dos participantes sobre as sessões.

Os resultados da PAQO foram esmagadoramente positivos: todas as quatro escalas principais mostraram melhora, que incluiu a vitalidade emocional (+ 25%; p = 0,05) e estresse físico (+ 24%; p = 0,01). Oito das nove sub escalas mostraram melhora, tendo a do estresse melhorado aproximadamente 40% (p = 0,06). As respostas dos participantes também foram uniformemente positivas e entusiásticas. Participantes individuais elogiaram o programa e relataram melhora do desempenho no trabalho e das situações familiares.

Fonte: https://www.heartmath.org/research/science-of-the-heart/social-coherence/

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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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