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Análise de 24 horas da variabilidade da frequência cardíaca (HRV) em pacientes com crise de pânico

Análise de 24 horas da variabilidade da frequência cardíaca (HRV) em pacientes com crise de pânico

Este estudo de R. McCraty e cols. foi publicado na Biological Psychology 56 (2001) 131–150.

Crescente evidência sugere que as alterações da função do sistema nervoso autônomo (SNA) contribuem para a fisiopatologia do distúrbio do pânico (DP). Este estudo retrospectivo usou análise de 24 horas da HRV (heart rate variability) para comparar a função autônoma de pacientes portadores de DP (n = 38) com a de controles sadios pareados por idade e sexo. Foram calculados os domínios da medida da frequência e do tempo e foi realizada uma análise do ritmo circadiano.

O índice SDNN(1) (as iniciais NN substituem as conhecidas RR(2) para indicar ondas de batimentos cardíacos em indivíduos normais), a frequência cardíaca muito baixa (VLF = very low frequency) e a baixa frequência (LF = low frequency) foram significativamente mais baixos em portadores de DP, em comparação com os controles no período de 24 horas. Isto ocorreu durante as horas de vigília, como durante a parte tardia do ciclo do sono. Em contraste, o intervalo RR médio, o RMSSD(3) e a alta frequência (HF = high frequency) foram comparáveis aos dos controles.

(1)Índice SDNN = mean of the standard deviations of all normal sinus RR intervals for all 5-min segments (média do desvio padrão de todos os intervalos sinusais RR normais de todos os segmentos de 5 minutos).

(2)RR = intervalo entre duas ondas R consecutivas, medido através do ECG.

(3)RMSSD = root-mean-square of the successive normal sinus RR interval difference (raiz quadrada media da diferença do intervalo de sucessivas ondas sinusais RR normais).

Estes resultados sugerem que a atividade simpática em portadores do DP, sob condições usuais de vida, leva a uma predominância relativa do tônus vagal. Os achados de baixa HRV em portadores de DP são consistentes com as altas taxas de mortalidade e de morbidade cardiovascular desta população, assim como com a visão emergente do pânico, como um distúrbio que envolve uma menor flexibilidade e adaptabilidade das funções biológicas, afetivas e comportamentais.

Em conclusão, o presente estudo confirma e amplia achados anteriores de uma função autônoma comprometida no DP, evidenciada pela menor HRV. Embora os dados de alguns estudos que acessaram diversos parâmetros cardiovasculares e da HRV de gravações feitas em curtos períodos tenham sido interpretadas como um apoio para um papel do baixo tônus vagal cardíaco no DP, as análises de 24 horas fornecem evidências que o tônus vagal está normal nas condições normais da vida diária, enquanto que a atividade simpática parece estar deprimida.

 

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Os autores do e-Book são:

Priscila Fernandes Coghi, Psicóloga, pós-graduada em Neuropsicologia pela Escola de Medicina da Universidade de São Paulo (EMUSP), diretora da NPT – Neuropsicotronics Ltda.

Marco Fabio Coghi, Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado do curso de pós-graduação da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), diretor da NPT – Neuropsicotronics Ltda.

Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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