Benefícios do biofeedback no tratamento de dependência química
Durante o processo de recuperação de viciados, é comum verificar a recaída no vício. Isso se deve à grande fissura desenvolvida pela repetição do uso do agente químico. A fissura, por sua vez, gera elevado nível de estresse e de ansiedade, levando a pessoa à recaída. Portanto, a redução do estresse e da ansiedade podem ser fatores determinantes na manutenção do estado de abstinência.
O treinamento emocional realizado com aparelhos de biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca (biofeedback de HRV ou cardíaco) tem demostrado benefícios na redução do estresse e da ansiedade em não drogados e em drogados.
Na busca de melhor eficácia no tratamento de dependentes químicos, várias estratégias têm sido tentadas, com maior ou menor grau de sucesso, como o uso de fármacos psicoativos, a psicoterapia e a espiritualidade (Williams & Thayer, 2009).
Mais recentemente, o uso de aparelhos de biofeedback de variabilidade da frequência cardíaca (HRV – heart rate variability) tem demostrado ser uma poderosa ferramenta auxiliar no tratamento de dependentes químicos, aumentando a aderência aos tratamentos (Khodik, 2013; Eddie, 2014, Eddie, 2015).
Com o uso do biofeedback, os pacientes percebem que HRV mais baixos podem evidenciar suas fadigas de autorregulação, e esta é uma oportunidade de aprendizagem e uma fonte de motivação: o biofeedback de HRV é útil para aumentar sua autoconsciência, os pacientes tornam-se mais motivados a aderir ao tratamento e isto minimiza os riscos de recidiva (Segerstrom & Solberg Nes, 2007).
É sabido que pacientes adictos, que estão em processo de recuperação, possuem fortes tendências ao retorno no vício. Rangé & Marlatt (2008) demostraram que os determinantes de recaída em dependentes químicos (alcoólatras, fumantes, viciados em heroína, jogadores compulsivos e indivíduos em dieta) são de origens intrapessoais e interpessoais. No primeiro caso, 35% dos determinantes estão relacionados às emoções negativas e 11% a desejos e tentações. Dos determinantes interpessoais, sobressai a pressão social (20%) e conflitos interpessoais (16%).
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Os autores são:
Priscila Fernandes Coghi, Psicóloga.
Pós-graduada em Neuropsicologia pela Escola de Medicina da Universidade de São Paulo (EMUSP), diretora da NPT – Neuropsicotronics Ltda., priscila@nptronics.com.br.
Marco Fabio Coghi, Fisioterapeuta.
Pós-graduado, professor convidado do curso de pós-graduação da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), diretor da NPT – Neuropsicotronics Ltda., marco@nptronics.com.br.
Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.
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