Rua Vieira de Morais, 1111 - Campo Belo | SP
11 5561-9546
contato@nptronics.com.br

Biofeedback em coerência cardíaca e em terapias comportamentais

Biofeedback em coerência cardíaca e em terapias comportamentais

Este é um extrato do eBook “Como tornar visível o invisível” de Marco F. Coghi e Priscila F. Coghi, diretores da Neuropsicotronics – NPT.

Segundo a Association of Applied Psychophysiology and Biofeedback, dos Estados Unidos, o biofeedback “é um procedimento mente-corpo, que usa instrumentos eletrônicos para ajudar os indivíduos a ganhar consciência e controle sobre processos psicofisiológicos. Os procedimentos do biofeedback são usados para orientar o indivíduo na aprendizagem do controle voluntário sobre o corpo e a mente, para ter um papel mais ativo na manutenção da saúde e um nível superior mente-corpo de bem-estar”.

Dentre os vários equipamentos modernos de biofeedback, o que monitora a frequência cardíaca – biofeedback cardíaco – tem se destacado e é atualmente um dos mais usados por psicólogos e psiquiatras para analisar as respostas viscerais apresentas em determinadas situações de estímulos, diante de eventos e de lembranças de intenso conteúdo emocional.

O biofeedback cardíaco tem a competência de mostrar ao paciente toda essa dinâmica de ativação indesejada que ocorre nos estados de ansiedade, estresse, etc. A percepção do objeto ou da cena de uma situação temida, ou mesmo uma lembrança intensa de um determinado fato, causam um aumento imediato da frequência cardíaca. Portanto, o biofeedback cardíaco serve como um instrumento pedagógico e de comprovação científica da alteração que ocorre nesses estados.

Por meio de exercícios de biofeedback monitorados no computador, e em tempo real, uma pessoa aprende a controlar as suas próprias reações: este é um aprendizado cognitivo e comportamental da regulação fisiológica. Com a prática desses exercícios, a pessoa vai aprendendo a se conhecer e a se controlar, evitando entrar em pânico devido à hiper-reatividade emocional. Assim, eventos que anteriormente desenvolviam ansiedade e estresse vão gradualmente perdendo a intensidade.

A coerência cardíaca é um estado psicofisiológico específico de equilíbrio do sistema nervoso autônomo; é quando ocorre o equilíbrio simpático-parassimpático, ou seja, quando os dois ramos do SNA estão em perfeito equilíbrio e harmonia. E esse estado, que é mostrado na ferramenta de biofeedback cardíaco cardioEmotion (www.cardioemotion.com.br), que tem reflexo positivo em todo organismo, mostrando que a pessoa está em equilíbrio e que não há motivos para ansiedade ou pânico. O estado de coerência cardíaca também possui efeitos positivos em quadros clínicos de asma, em certas arritmias cardíacas, em hipertensão arterial, dor crônica, elevação anormal dos níveis sanguíneos de colesterol e de glicemia, além de ajudar o sono profundo, e a focar a atenção e a tomar decisões.

A coerência cardíaca é um estado de equilíbrio mente-corpo observado no programa “cardioEmotion Home”. Neste sistema, o sujeito é conectado a um sensor não invasivo e a um computador comum; a frequência cardíaca é mostrada na tela, sob a forma de ondas sinusais. Quando ocorre desequilíbrio do SNA, conhecido como estado de caos, os batimentos cardíacos (sístoles cardíacas) aparecem de forma irregular, mostrando falta de harmonia interna.

Para os Psicólogos que seguem a linha cognitiva, o tratamento começa pela educação do paciente: é a fase educativa. É quando o terapeuta e o paciente têm a oportunidade de fazer um check list de sintomas, de avaliar os medos e os eventos relacionados, e entender que um desequilíbrio emocional pode ser a origem de intensas alterações somáticas: esta é uma resposta exacerbada do sistema nervoso autônomo, mediada pela sensibilidade de certos núcleos nervosos do cérebro. Por exemplo, esta é uma oportunidade de entender que a ansiedade é uma reação psicológica normal em situações adaptativas, ou de incerteza, frente ao desconhecido, de medos e de inseguranças no futuro.

Estas condições podem ser realizáveis ou não, podem ser situações fantasiosas ou imaginárias relacionados a sistemas de crença do paciente. O problema está no excesso de respostas automáticas do corpo.

Numa segunda etapa, o profissional poderá dar mais detalhes da conexão existente entre o sistema emocional e as reações automáticas que envolvem o SNA.

Quando uma percepção, real ou imaginária, é percebida pelo sujeito, ela pode ser um gatilho que dispara reações fisiológicas. Um determinado fato percebido pelos órgãos dos sentidos, ou mesmo pensamentos com alto conteúdo emocional, é enviado a determinadas regiões do cérebro (amígdala e hipocampo). Neste percurso, a informação pode demorar cerca de 120 milissegundos.

Então, ocorre a reação fisiológica automática, liberando hormônios que excitam o organismo, nos deixando em estado de alerta. Isso produz uma alteração imediata do funcionamento fisiológico do corpo: podem ocorrer reações de aumento da frequência cardíaca, da frequência respiratória, etc. Somente depois de 200 a 300 milissegundos a informação alcança as áreas cerebrais onde ocorre a interpretação real dos fatos: Ah, não era uma cobra. Era só uma corda, e, então, a excitação corporal tende a voltar ao normal, à medida que os níveis sanguíneos de determinados hormônios voltam a se normalizar.

Porém, com a repetição desses tipos de estímulos, aparece o estresse crônico.

O terceiro passo é a exposição do cliente, de forma gradual e assistida, às situações temidas. São os exercícios de exposição: a fase de enfrentamento. Após o cliente adquirir o domínio sobre aspectos de sua fisiologia relacionados às emoções, ele é exposto controladamente a situações e estímulos geradores do estado de ansiedade: pensamentos, fotos, filmes, sons, sonhos, lembranças e outros gatilhos. Nesse caso, o paciente, após treinamento apropriado de autocontrole autonômico, deve apresentar pouca ou nenhuma alteração da frequência cardíaca.

Portanto, o treinamento em coerência cardíaca, monitorado por biofeedback cardíaco, pode ser uma excelente ferramenta complementar-integrativa na redução da ansiedade, do estresse e da depressão, e suas manifestações (Lehrer, 2007).

Numa próxima fase, o quarto passo, o paciente é estimulado a rever os pensamentos e sistemas de crença que o influenciam negativamente: mais uma oportunidade para o uso do biofeedback.

Uma revisão da “força” dos pensamentos tendenciosos ou errados pode ser prontamente realizada. Substituir os pensamentos catastróficos por aqueles que reforcem sentimentos positivos como amor, calma, paz, harmonia, gratidão e compaixão. Eliminar da mente conteúdos negativos de ódio, raiva, inveja, insegurança, ciúmes e todos aqueles que prejudicam nossa paz de espírito.

Uma vez tendo êxito no autocontrole fisiológico, e consequentemente na redução da ansiedade e do estresse, é importante manter os exercícios de biofeedback cardíaco com certa periodicidade. Este é o quinto passo.

O biofeedback cardíaco pode ser utilizado de forma complementar-integrativa em hipnose, Brainspotting, Experiência Somática, Psicanálise, EMDR, Terapia Cognitivo Comportamental e demais processos psicoterapêuticos, bem como naqueles que possam relacionar respostas fisiológicas reflexas a eventos psicoemocionais.

Fale conosco
Olá, como podemos te ajudar?
Olá, como podemos te ajudar?