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Brasil é vice-campeão mundial em estresse, inclusive Burnout

Brasil é vice-campeão mundial em estresse, inclusive Burnout

Se tem uma data importante para nós, brasileiros, é 23 de setembro – Dia Mundial de Combate ao Estresse

Uma patologia que, se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode ser um grande problema de saúde pública, com elevados custos e absenteísmo

A situação é muito preocupante. O Brasil é o vice-campeão entre os países mais estressados do mundo, segundo estudo do International Stress Management Association que afirma que apenas o Japão vive com o maior nível de estresse. Os  brasileiros sofrem com o estresse. Em cada dez trabalhadores, ao menos três enfrentam uma pressão intensa gerada pelo esgotamento profissional: a opressiva Síndrome de Bournot que afeta os profissionais, especialmente os professores.

Para alertar a respeito da seriedade  do tema, o Portal CPP fez várias perguntas ao Dr. Marco Fabio Coghi, autoridade no assunto e especialista em biofeedback cardiovascular, professor e pesquisador.

Confira a seguir informações valorosas do Dr. Marco acerca do estresse e da Síndrome de Bournot.

 

Estresse, o mal do século 21

Quando nos sentimos em perigo real ou imaginado, as defesas de nosso organismo reagem rapidamente, numa luta iminente de sobrevivência. Uma reação automática ocorre imediatamente: fugir, lutar, ou ainda, congelar. O stress é essa resposta automática de nosso sistema nervoso autônomo que dispara reações fisiológica frente a tais ameaças. Isso perturba nosso equilíbrio interno, nossa fisiologia. Existe o chamado estresse agudo, que nos salva velozmente de alguma situação prejudicial, e que logo em seguida, as reações fisiológicas e emocionais cessam, e voltamos à normalidade. O eustresse é o estresse bom, que nos ajuda a lidar de forma positiva em determinadas situações. É a produção da adrenalina que nos anima, que dá uma pitada de alegria e ânimo para levantar de manhã e enfrentar o dia a dia.

Quando o estresse é contínuo, torna-se crônico. É aí que mora o perigo.

Pequenos eventos diários vão somando, até que “a xícara transborda”. Esse é o estresse prejudicial, também conhecido como distresse.

Segundo o BSV, Biblioteca Virtual de Saúde, os sintomas das fases do estresse são:

• Fase de Alerta

Sintomas da fase de alerta: Ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor.

> Mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; batimentos cardíacos acelerados;respiração ofegante; aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; agitação.

• Fase de Resistência

O corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo.

Sintomas da fase de resistência:

>  Problemas com a memória; mal-estar generalizado; formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés);
>  sensação de desgaste físico constante; mudança no apetite;
>  aparecimento de problemas de pele; hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; obsessão com o agente estressor; irritabilidade excessiva; desejo sexual diminuído.

• Fase de Exaustão

Nessa fase podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença.

Sintomas da fase de exaustão:

> Diarreias frequentes; dificuldades sexuais; formigamento nas extremidades; insônia;
> tiques nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de pele prolongados;
> mudança extrema de apetite; batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente;
> úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; cansaço excessivo;
> Irritabilidade; angústia; hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor.

As origens do estresse podem ser múltiplas. Pode estar relacionada ao trabalho (excesso, não adaptação, sentimento de perseguição, rejeição), à situação financeira (renda insuficiente, compromissos financeiros atrasados, gastos não planejados, emergências), mudanças significativas na vida (morte de filhos, de cônjuge,separação, troca de emprego, preparação para férias), enfrentamento do isolamento social durante a pandemia, sobrevivência, entre outros.

“Síndrome do Burnout” ou “Síndrome do Esgotamento Profissional”

O estresse relacionado ao trabalho é conhecido como “Síndrome do Burnout”, também conhecido como “Síndrome do Esgotamento Profissional”: uma situação limite onde o estresse é excessivo com sensação de que estamos perdendo o controle das nossas vidas com graves consequências para a saúde. O profissional sente uma exaustão extrema, com violento desgaste físico, sintomas de exaustão extrema e distúrbio emocional, advindas de situações de trabalho desgastante, com muita competitividade emocional, advindas de situações de trabalho desgastante, com muita competitividade ou responsabilidade. Os profissionais que estão sujeitos ao Burnout encontram-se aqueles ligados à área de saúde, na educação, sistemas bancários, policiais e na área financeira, que atendem diretamente o público ou estão em situações de risco de vida.

A maior probabilidade de se desenvolver o Burnout ocorre com profissionais que detém personalidade que exige tudo ocorra de forma perfeita, que são competitivas,muito críticas, que apresentam baixa flexibilidade cognitiva, intolerantes e quer controlar tudo a todo instante. Que são extremamente exigentes consigo mesmas e com os outros.

A Síndrome de Burnout se manifesta pouco a pouco, em silêncio, sem grandes alardes. Quando damos conta podemos estar no auge da crise. O Burnout pode causar úlceras gástricas, doenças cardíacas, diabetes, doenças autoimunes, transtorno de ansiedade (pânico), depressão. A pessoa pode recorrer ao uso e abuse de substâncias como alcoolismo e uso de drogas ilícitas. No limite pode até mesmo levar à ideação suicida.

Segundo pesquisa publica pelo Sistema de Eventos Acadêmicos da UFMT, SemiEdu 2020, “a síndrome de Burnout se constitui no esgotamento físico e mental crônico que afeta, principalmente os profissionais da área da educação”. “Os efeitos de Burnout podem prejudicar o profissional e seu desempenho na área de atuação. A pesquisa mostrou que os professores pesquisados se sentem frustrados com o ensino remoto, pois sentem que a família não está ajudando as crianças em
casa”.

Além do tratamento medicamentoso, a prática do Yoga, treinamento com a técnica de Mindfulness, atenção plena, exercícios respiratórios rítmicos realizados com a orientação de equipamento de biofeedback cardíaco, auto hipnose, terapia cognitivo comportamental entre outros podem integrar de forma complementar o combate ao Burnout.

Equipamentos de biofeedback cardíaco, também conhecido como biofeedback de HRV, avalia e orienta a pessoa a modificar seus batimentos cardíacos de forma consciente e volitiva de forma que ocorra o restabelecimento de equilíbrio emocional,cognitivo e fisiológico, proporcionado pelo equilíbrio do sistema nervoso autônomo.

Portanto, o estresse pode ser uma patologia que, se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode ser um grande problema de saúde pública, com elevados custos e absenteísmo.

Dr. Marco Fabio Coghi – Pesquisador, responsável científico pelo desenvolvimento do cardioEmotion. Químico e Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação (UNICID, UNIFESP, CETCC entre outros); especialista em biofeedback cardiovascular. Palestrante nacional e internacional. Escreveu diversos e-books sobre o tema: coerência cardíaca e biofeedback. Autor de três patentes de invenção. Instrutor de Yoga pós-graduado; terapeuta Ayurveda com estágios realizados na Índia. Hipnoterapeuta.  Diretor Científico da NPT – Neuropsicotronics, Intelectus Clínica e Escola.

 

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