Uma abordagem neurovisceral do autismo direcionada à autorregulação e principais sintomas usando neurofeedback e biofeedback VFC
Este estudo de Goodman M. S. e col. foi publicado em NeuroRegulation, Vol. 5(1):9–29 2018, doi:10.15540/nr.5.1.9.
Resumo
O Neurofeedback da Sincronia do Ritmo Mu (NFB-SRM) mostrou promessas de melhorar os déficits eletrofisiológicos e comportamentais em distúrbio do espectro do autismo (DEA).
O biofeedback VFC – BFB-VFC (Variabilidade da frequência cardíaca ou HRV em inglês), um método para melhorar a autorregulação do sistema nervoso autônomo (SNA) ainda precisa ser testado como uma intervenção clínica no DEA.
Este estudo avaliou o impacto do BFB-VFC sobre os sintomas do DEA, e se uma intervenção combinada de BFB-VFC + NFB-SRM seria mais eficaz que o BFB-VFC isoladamente.
Quinze crianças com diagnóstico confirmado de DEA completaram o estudo. Os participantes foram designados para um grupo do BFB-VFC (Grupo 1), ou para uma combinação de BFB-VFC + NFB-SRM (Grupo 2). Todas as crianças foram submetidas a avaliações antes e depois através de eletroencefalografia (EEG), variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e relato de comportamentos feitos pelos pais.
Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos, em relação aos comportamentos relatados pelos pais. O Grupo 1 mostrou melhora significativa, antes e após, na regulação das emoções e no comportamento social, enquanto que o Grupo 2 mostrou melhora significativa, antes e após, da labilidade emocional e dos comportamentos autísticos.
No decorrer do tempo, o Grupo 2 também mostrou melhora significativa dos índices do tono vagal da VFC, enquanto que o Grupo 1 não mostrou diferenças significativas da VFC no decorrer do tempo. Após o treinamento, o Grupo 1 mostrou um aumento da supressão do ritmo Mu, e o Grupo 2 mostrou uma redução da supressão do ritmo Mu.
Os resultados sugerem que o BFB-VFC sozinho, ou em combinação com o NFB-SRM podem melhorar características do comportamento do autismo. Uma abordagem combinada pode ser mais eficaz para melhorar a VFC, enquanto que as implicações de cada abordagem sobre a supressão do ritmo Mu são misturadas.
As abordagens neuroviscerais que ensinam a autorregulação oferecem uma nova avenida de tratamentos do DEA.
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Prof. Dr. Marco Fabio Coghi
Pesquisador, responsável científico pelo desenvolvimento do cardioEmotion. Químico e Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação (UNICID, UNIFESP, CETCC entre outros); especialista em biofeedback cardiovascular. Palestrante nacional e internacional. Escreveu diversos e-books sobre o tema: coerência cardíaca e biofeedback. Autor de três patentes de invenção. Instrutor de Yoga pós-graduado; terapeuta Ayurveda com estágios realizados na Índia. Hipnoterapeuta. Diretor Científico da NPT – Neuropsicotronics, Diretor da Clínica TAMA e da INTELECTUS Treinamento e Cursos.
Prof.ª Silvana P. Cracasso
Mestranda na UNIFESP em Técnicas Contemplativas. Aprimoramento em técnicas de Atenção Plena e Mindfulness para Saúde. Docente do curso de pós-graduação na UNINOVE. Pedagoga, especialista em Psicopedagogia, Dependência Química, Neuropsicologia do Desenvolvimento. Aprimoramento em Psicofarmacologia, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para Desafios Clínicos; Avaliação Neuropsicológica Interdisciplinar; Neuropsicologia Clínica Aplicada à Reabilitação. Educação Emocional e Neurofisiologia das Emoções. Palestrante e formadora de lideranças em Habilidades Socioemocionais. Diretora e coordenadora de atendimento terapêutico da Clínica TAMA e Diretora da INTELECTUS Treinamento e Cursos.
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