Rua Vieira de Morais, 1111 - Campo Belo | SP
11 5561-9546
contato@nptronics.com.br

Aplicações do biofeedback cardíaco

Aplicações do biofeedback cardíaco

Este é um extrato do eBook “Como tornar visível o invisível” de Marco F. Coghi e Priscila F. Coghi, diretores da Neuropsicotronics – NPT.

Em 2014, J. S. Gomes, do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade Federal de São Paulo, M. F. Coghi, docente da Universidade Cidade de São Paulo e P. F. Coghi, pós-graduada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo divulgaram no Avances en Psicología Latinoamericana uma revisão de trabalhos científicos publicados entre 2000 e meados de 2012. Eles usaram como fonte para consulta a base de dados Pubmed, da US National Library of Medicine National Institutes of Health, sob o título “Biofeedback Cardiovascular e suas aplicações: revisão de literatura”.

Os autores avaliaram cerca de 90 trabalhos e concluíram que “O treinamento com biofeedback tem apresentado resultados promissores como terapia complementar em diferentes transtornos, tendo havido redução significativa nas escalas de ansiedade e de depressão, quando essas patologias se apresentam como queixa única, ou como comorbidade em outros transtornos”.

Em publicação realizada no 13º Congresso de Stress do International Stress Management Association (ISMA), M. F. Coghi e P. F. Coghi, da NPT demostraram a redução de estresse em funcionários de uma empresa sediada em São Paulo. Os autores utilizaram a Escala de Estresse no Trabalho e treinaram 32 sujeitos (n=32) em biofeedback, utilizando a ferramenta complementar-integrativa cardioEmotion: houve redução de 61,5% no estresse ruim (distresse) e aumento de 51,6% no bom estresse (eustresse) relativos ao trabalho, aumento de 96% na percepção do estado de equilíbrio emocional, 44% de redução do estresse emocional, 40% na concentração, foco e tomada de decisão e 40% na melhora dos relacionamentos.

Os efeitos da técnica de biofeedback cardíaco sobre a ansiedade também foram demostrados em 2008 por R. Reiner, do Centro Médico da Universidade de New York. Este autor observou ainda uma pronunciada redução dos sintomas de estresse em 75% dos sujeitos que participaram da pesquisa, aumento da capacidade de relaxamento (80%), aumento de emoções positivas (46%) e da sensação de paz (60%).

Em 2009, L. Sherlin e col. publicaram no International Journal of Stress Management que, usando o biofeedback cardíaco, eles encontraram significativa redução nas escalas utilizadas em todos os 20 itens do Inventário de Ansiedade Estado-Traço (STAI-Y) e melhora em todas as variáveis da tarefa de Stroop.

Em 2007, M. K. Karavidas e col. do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey, verificaram que houve redução de 72% nos sintomas neurovegetativos associados à depressão, na escala de Beck.

Em 2008, M. Siepmann e col. publicaram no Applyed Psychophysiol Biofeedback que observaram redução de 22 para 6, na Escala de Depressão de Beck (BDI), com o uso do biofeedback. Os pacientes deprimidos tiveram diminuição da ansiedade, decréscimo da frequência cardíaca e aumento da variabilidade após sessões de biofeedback. Os autores concluíram que o biofeedback cardíaco, concomitantemente com o tratamento da depressão, se apresenta útil e produz aumento da variabilidade da frequência cardíaca.

O biofeedback cardíaco, ou cardiovascular, apresenta-se ao profissional da Psicologia e da área da saúde como uma ferramenta complementar-integrativa, não invasiva e não medicamentosa para a redução de estresse, da ansiedade e da depressão, além de diversas outras patologias associadas ao descontrole simpático-vagal. De fácil utilização, sem contraindicações, com resposta imediata, o biofeedback cardíaco permite acesso rápido e monitoração da atividade do sistema nervoso autônomo, de forma a permitir que o sujeito treine a autorregulação fisiológica – que é prejudicada por estados psicoemocionais desequilibrados.

Portanto, o biofeedback cardíaco (cardiovascular) é uma poderosa ferramenta complementar-integrativa para psicoterapeutas. Através da frequência cardíaca, esta ferramenta permite avaliar a atividade do sistema nervoso autônomo (SNA), bem como a influência exercida pelo sistema límbico – sistema das emoções. A ativação de processos emocionais intensos desencadeia uma série de respostas fisiológicas imediatas, mediadas pelo SNA, e que podem ser sentidas no corpo como taquicardia, taquipneia, dor no estômago e diarreia, entre outros sintomas simpaticotônicos.

Quando ocorre a redução da atividade do corpo amigdaloide (amígdala do hipocampo) – núcleo neural relacionado ao medo e à sobrevivência – esses efeitos são automaticamente reduzidos. Por meio da psicoterapia e/ou pelo uso de fármacos, pode ocorrer redução da hiper-reatividade da amígdala, que pode ser detectada por meio do biofeedback cardíaco. Assim, o uso do biofeedback pode contribuir sobremaneira para o acompanhamento e a evolução do paciente.

Assim, pelo uso da técnica de biofeedback cardíaco, podemos tornar visíveis os processos psicofisiológicos invisíveis ao psicoterapeuta.

Você sabe que no Brasil já existe uma ferramenta de biofeedback cardíaco (HRV) disponível para auxiliar no tratamento da ansiedade? Para saber mais sobre essa ferramenta chamada cardioEmotion, faça download do e-Book “Como tornar visível o invisível: visualizando as reações psicofisiológicas por meio de biofeedback”.

Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

Fale conosco
Olá, como podemos te ajudar?
Olá, como podemos te ajudar?