Como a VFC afeta as redes cerebrais que regulam as emoções
Este estudo de Mather M. e col. foi publicado em Current Opinion on Behavioral Sciences, volume 19, fevereiro de 2018, páginas 98-104, doi.org/10.1016/j.cobeha.2017.12.017.
Destaques
- Respirar numa frequência de 10-s (0,1 Hz) tipicamente aumenta a amplitude das oscilações da frequência cardíaca.
- A prática diária, ao aumentar as oscilações da frequência cardíaca, melhora o bem estar emocional.
- As oscilações fisiológicas estimulam a atividade oscilatória das regiões cerebrais envolvidas na regulação das emoções.
- Menores oscilações (~ 0,1 Hz) também podem modular as interações entre frequências neurais mais rápidas.
- Portanto, as oscilações da frequência cardíaca têm potencial para fortalecer as redes regulatórias cerebrais.
Resumo
Indivíduos com alta VFC (variabilidade da frequência cardíaca, ou HRV em inglês) tendem a ter melhor bem estar emocional que os que têm menor VFC, mas os mecanismos desta associação ainda não estão claros.
Os autores escreveram que, “neste trabalho, uma nova hipótese que induzindo a atividade oscilatória cerebral, as oscilações de alta amplitude da frequência cardíaca melhoram a conectividade das redes cerebrais associadas à regulação das emoções”.
“Recentes estudos usando sessões diárias de biofeedback VFC para aumentar a amplitude das oscilações da frequência cardíaca sugerem que oscilações fisiológicas de alta amplitude têm impacto sobre o bem estar emocional”.
“Em virtude da sincronia do fluxo sanguíneo ajudar a determinar a estrutura e função das redes cerebrais, as menores oscilações da frequência cardíaca têm potencial para fortalecer a dinâmica das redes cerebrais, especialmente nas regiões regulatórias mediais do lobo pré-frontal, que são particularmente sensíveis às oscilações fisiológicas”.
Conclusões
Pesquisas anteriores têm focado na VFC como uma medida a jusante, em vez de algo que afeta a regulação emocional.
Por exemplo, o Modelo de Integração Neurovisceral propôs que o córtex pré-frontal medial, junto com um conjunto central de estruturas neurais integra a informação de diferentes sistemas, para regular o coração, e que a VFC fornece um índice da eficácia deste sistema de integração central.
Além disso, pesquisas anteriores não distinguiram se é ruído ao acaso, ou se um aumento da amplitude da atividade oscilatória é o componente principal da VFC, que está associado a melhores resultados emocionais.
Os achados destacados neste artigo sugerem que as oscilações da frequência cardíaca podem melhorar as emoções, ao incorporar ritmos cerebrais que melhoram as redes regulatórias cerebrais.
Já existe disponível no Brasil uma ferramenta complementar-integrativa, o cardioEmotion, inventada e desenvolvida por mim para avaliação da VFC.
Para saber mais sobre o cardioEmotion, baixe gratuitamente o e-book “Como Tornar Visível o Invisível” e/ou inscreva-se para fazer o curso do mesmo nome, que é ministrado diversas vezes por ano, em diferentes locais, por:
Prof. Dr. Marco Fabio Coghi
Pesquisador, responsável científico pelo desenvolvimento do cardioEmotion. Químico e Fisioterapeuta pós-graduado, professor convidado de diversos cursos de pós-graduação (UNICID, UNIFESP, CETCC entre outros); especialista em biofeedback cardiovascular. Palestrante nacional e internacional. Escreveu diversos e-books sobre o tema: coerência cardíaca e biofeedback. Autor de três patentes de invenção. Instrutor de Yoga pós-graduado; terapeuta Ayurveda com estágios realizados na Índia. Hipnoterapeuta. Diretor Científico da NPT – Neuropsicotronics, diretor da Clínica TAMA e da INTELECTUS Clínica e Escola.
Prof.ª Silvana P. Cracasso
Mestranda na UNIFESP em Técnicas Contemplativas. Aprimoramento em técnicas de Atenção Plena e Mindfulness para Saúde. Docente do curso de pós-graduação na UNINOVE. Pedagoga, especialista em Psicopedagogia, Dependência Química, Neuropsicologia do Desenvolvimento. Aprimoramento em Psicofarmacologia, Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) para Desafios Clínicos; Avaliação Neuropsicológica Interdisciplinar; Neuropsicologia Clínica Aplicada à Reabilitação. Educação Emocional e Neurofisiologia das Emoções. Palestrante e formadora de lideranças em Habilidades Socioemocionais. Diretora e coordenadora de atendimento terapêutico da Clínica TAMA e Diretora da INTELECTUS Clínica e Escola.
Comentários