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Efeitos do treinamento, assistido por biofeedback cardíaco, para gerenciamento do estresse em mulheres grávidas

Efeitos do treinamento, assistido por biofeedback cardíaco, para gerenciamento do estresse em mulheres grávidas

Este estudo de Janice E. Keeney foi apresentado à Universidade de North Texas para obtenção do título de PhD em agosto de 2008, e o texto integral pode ser acessado aqui.

Conclusões e implicações dos resultados

Escreve a autora que as mulheres que participaram deste estudo demonstraram diversas reações à experiência. A maioria delas expressou gratidão por ser capaz de se acalmar em situações estressantes. Os resultados das escalas STAI Y1, PES-Brief e PES foram variados para a maioria delas. Algumas delas estavam enfrentando eventos estressantes da vida, em relação aos quais elas tinham pouco controle, e, em algumas avaliações, os seus escores, pioraram durante o estudo.

Todavia, durante as entrevistas de seguimento, a maioria delas endossou a ideia de que elas lidaram melhor com o seu estresse do que teriam feito, se não tivessem se envolvido neste estudo.

Cinco das sete participantes também relataram usar habilidades para gerenciamento do estresse durante o trabalho de parto. Os benefícios das práticas de respiração e de relaxamento para o controle da dor durante o trabalho de parto são bem estabelecidos. A melhora mais consistente durante as sessões foi a da coerência basal. Esta é uma indicação que as participantes aprenderam a controlar o estresse suficientemente bem, para produzir uma mudança positiva da sua variabilidade da frequência cardíaca em repouso.

A melhora da coerência é um indicador de uma melhor interação entre os ramos simpático e parassimpático do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), e, quando for mantida, pode potencialmente levar a um estado de coerência psicofisiológicam, associado à melhora funcional de todos os sistemas corporais (McCraty, 2006; Tiller e col., 1996).

As entrevistas de seguimento indicaram que cinco das sete participantes continuam a praticar o gerenciamento do estresse nas suas vidas diárias. Esta prática pode propiciar benefícios psicofisiológicos no longo prazo não revelados no curto período de treinamento e de medição durante o estudo.

A prática continua é, em si, um resultado notável deste estudo. Cinco participantes consideraram estas habilidades suficientemente úteis para as estabelecerem como práticas diárias. Quatro participantes apresentaram voluntária e espontaneamente esta informação, um fato que confere credibilidade às respostas.

A disposição para continuar pode ser, em parte, devida ao fato das técnicas de gerenciamento do estresse não serem baseadas numa solicitação de relaxamento e não requererem um desengajamento das atividades diárias (McCraty, 2006). Esta característica pode ser particularmente atraente para as mães de crianças e de filhos jovens.

Limitações do estudo

Este estudo foi limitado a uma pequena amostra (n = 7) e pela falta de um grupo controle.

Ele também foi limitado pela falta de uma seleção randomizada das participantes. Elas se apresentaram voluntariamente para o estudo, respondendo a folhetos de recrutamento, anúncios em jornais, ou encaminhamento por profissionais da área da saúde. Todas elas foram aceitas no estudo com uma exceção, que não satisfez os critérios do estudo por que estava tomando anti-histamínicos regularmente. Esta amostra reflete uma ampla gama de níveis socioeconômicos e de etnias, um fator que pode ter afetado os níveis de estresse das participantes.

Outra limitação do estudo foi que algumas sessões de biofeedback foram conduzidas num centro obstétrico, no qual as participantes foram programadas para o parto.

Esta situação pode ter provocado maior ansiedade nas participantes. Além disso, o monitoramento fetal foi realizado em diferentes semanas da gestação, da semana 29 à semana 34; portanto, as gravações fetais foram influenciadas por diversos graus de desenvolvimento da variabilidade da frequência cardíaca. Outra possível limitação do estudo foi o uso de fotopletismografia, ao invés de o eletrocardiograma para gravar a variabilidade da frequência cardíaca materna.

Giardino, Lehrer, e Edelberg, (2002) descobriram que as medidas pelos dois métodos eram altamente correlacionadas, mas significativamente diferentes sob estresse. O ECG oferece uma medida mais precisa sob estresse.

Uma limitação adicional deste estudo foi que a participante D não pode ser contatada para uma entrevista de seguimento por telefone.

Espera-se que este estudo possa encorajar pesquisa adicional.

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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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