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Os benefícios do biofeedback cardíaco – parte 10

Os benefícios do biofeedback cardíaco – parte 10

Melhora da saúde mental em crianças

Um estudo realizado pelo Departamento de Psicofisiologia numa clínica pediátrica ambulatorial em Skopie, na Macedônia, avaliou do treinamento da eficácia da coerência cardíaca e das técnicas de autorregulação no tratamento de distúrbios mentais comuns em crianças.

Foram avaliados seis grupos de crianças: a) crianças com sintomas de fobia ansiosa, n = 15, idade média 12,5 ± 2,25 anos; b) crianças com problemas somáticos não explicados por uma condição médica geral, n = 15, idade média 10,92 ± 2,06 anos; c) crianças com manifestações obsessivo-compulsivas (TOC), n = 7, idade média 14,5 ± 2,20 anos; d) crianças com TDAH, n = 10, idade média 1,80 anos; e) crianças com distúrbios de conduta, n = 12, idade média 11,5 ± 1,52 anos; e f) um grupo controle, n = 15, idade média 10,18 ± 1,33 anos.

O diagnóstico foi feito de acordo com a classificação ICD-10, por uma equipe de psicofisiologistas pediátricos, um psicólogo clínico e um neurologista pediátrico. Todas as crianças eram pacientes ambulatoriais desta clínica de Skopie.

Foram usadas na avaliação entrevistas com os pais e as crianças, e avaliações psicométricas com o Questionário de Personalidade Eysenck (QPE) para discriminar quatro principais características psicológicas da personalidade: extroversão/introversão, tendências neuróticas/estabilidade, traços psicopatológicos/comportamento normal e autocontrole/escala de mentiras.

Uma ferramenta de biofeedback da variabilidade da frequência cardíaca – VFC (HRV, em inglês) foi usada para reforçar as técnicas de autorregulação. Cada paciente sentou numa cadeira confortável, em um quarto silencioso, junto com o clínico. Os pacientes foram instruídos a praticar uma técnica de autorregulação que incluía respiração rítmica focada no coração e a ativação de emoções positivas. Depois de uma avaliação inicial, foram realizadas 15 sessões de aproximadamente 16 minutos que incluíram dois jogos, controlados pelo nível de coerência cardíaca.

Os resultados foram elaborados estatisticamente com: ANOVA (análise de variância) para a primeira e a última sessões de todos os grupos e teste T de Student para as diferenças existentes entre os grupos. De um modo geral, as crianças que manifestaram problemas de saúde mental mostraram menores pontuações para extroversão e maiores pontuações para comportamentos neuróticos, em comparação com os dados basais do grupo controle.

Verificou-se na análise dos resultados que uma frequência cardíaca (FC) significativamente mais baixa, entre a primeira e a última sessões, foi obtida nos casos de transtorno obsessivo-compulsivo e nos de distúrbio de conduta e ansiedade. Isto quer dizer que, com o treinamento, quase todas as crianças, exceto o grupo com TDAH, aprenderam a baixar a sua FC.

O grupo com ansiedade mostrou resultados relacionados à VFC muito bons; eles foram capazes de aumentar as pontuações da coerência cardíaca. Nas crianças com problemas somáticos também houve melhora significativa dos parâmetros da VFC.

As mudanças da VFC no grupo TOC também mostraram aumento significativo de todas as medidas da VFC, o que foi considerado um resultado clínico importante. As crianças com TDAH não aumentaram a VFC. As pontuações de coerência cardíaca aumentaram em todos os grupos, mas os maiores aumentos ocorreram no grupo com distúrbios de conduta, seguido pelo grupo com ansiedade. Elas também aumentaram nos grupos TOC e com problemas somáticos. O treinamento da coerência cardíaca mostrou resultados muito positivos sob o ponto de vista clínico, especialmente nas crianças com distúrbios de conduta e naquelas com distúrbios ansiosos e fóbicos, além das com TOC e com problemas somáticos.

Em geral, os autores concluíram que o treinamento da coerência cardíaca é uma escolha não invasiva, especialmente para as crianças introvertidas, que manifestam problemas comuns de saúde mental, e que esta abordagem tem uma boa relação custo/benefício.

Fonte: https://www.heartmath.org/research/science-of-the-heart/health-outcome-studies/

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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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