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Uma investigação da eficácia do biofeedback em estudantes diagnosticados com autismo

Uma investigação da eficácia do biofeedback em estudantes diagnosticados com autismo

Este estudo foi uma tese de Nancy J. Aguinaga, para a obtenção do título de PhD em Educação do Departamento das Ciências das Crianças, da Família e da Comunidade da Faculdade de Educação da Universidade Central da Flórida, em Orlando, USA, em 2006. O texto completo pode ser acessado aqui

Resumo

Escreve a autora que, usando um delineamento de múltiplas bases de dados sobre um único assunto, em todos os participantes, este estudo examinou o impacto do biofeedback obtido por um programa de computador, para promover o engajamento de estudantes autistas.

O estudo foi realizado no ambiente de uma sala de aula. Especificamente, investigou-se o comportamento na realização de tarefas durante uma atividade acadêmica individualizada. Três crianças de 9 a 10 anos de idade participaram deste estudo. Na fase basal, dados foram coletados sobre a velocidade do engajamento e sobre a porcentagem do tempo usado na realização da tarefa durante uma atividade acadêmica.

Uma amostra momentânea de 15 segundos de um procedimento foi usada para uma sessão de 5 minutos cada dia da semana, durante 5 semanas, para medir o engajamento do participante. Na fase de intervenção, os participantes realizaram uma sessão de biofeedback de 3 a 4 minutos antes da atividade acadêmica e da coleta de dados sobre o engajamento.

Além disso, dados foram coletados sobre o nível de desempenho da atividade acadêmica. Dados também foram coletados sobre a percepção do educador e dos pais sobre a generalização do comportamento autorregulador.

Os dados sugerem que: (a) a velocidade do engajamento aumentou em todos os participantes, quando foi usado o programa de computador de biofeedback; (b) o tempo para a realização da tarefa diminuiu, em relação às condições basais, em todos os participantes; (c) o desempenho acadêmico foi impactado pelo biofeedback para um dos participantes; e (d) os educadores perceberam uma generalização do comportamento da auto regulação, enquanto que os pais não notaram isto no ambiente doméstico.

Conclusão

Embora os resultados deste estudo pintem um quadro misto, futuras pesquisas nesta área do relaxamento pelo biofeedback, para ser usado por estudantes com autismo na sala de aula, parece estar garantido. Os resultados indicam que a intervenção teve um impacto positivo sobre a velocidade do engajamento e sobre o comportamento na realização da tarefa em todos os participantes.

Os resultados indicam que os estudantes que funcionam em níveis mais altos parecem se beneficiar mais do uso do biofeedback. A variabilidade das tarefas também parece impactar o desempenho.

Finalmente, a percepção da generalização do comportamento da auto regulação foi observada apenas pelos indivíduos que observaram diretamente a intervenção.

Os indivíduos autistas são frequentemente mal interpretados e avaliados, de forma que isto não reflete verdadeiramente a sua atitude e o seu potencial. A ansiedade e a frustação são obstáculos frequentes que isolam estes indivíduos das oportunidades sociais e acadêmicas.

Portanto, é importante investigar a variedade de intervenções para abordar esses obstáculos, para desenvolver pesquisas baseadas em intervenções que funcionem. Além disso, é importante focar nas intervenções que tenham o potencial para beneficiar estes indivíduos pelo resto das suas vidas.

Escreve a autora que os achados deste estudo sugerem que o biofeedback representa uma promessa nesta área. O seu uso deve ser investigado como uma intervenção para ajudar estudantes autistas a desenvolver habilidades para lidar com e para aliviar a ansiedade e a frustração.


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Sobre o autor deste post: Colunista do blog do cardioEmotion, Dr. Fernando é formado em medicina pela USP, pós graduado em administração de empresas pela FGV, possui mais de 40 anos de experiência como executivo de sucesso em empresas multinacionais do ramo farmacêutico, além de escritor e tradutor sênior.

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